NOVO DPVAT

Goiás e União divergem sobre cobrança do novo seguro obrigatório SPVAT; entenda

A emissão do boleto de pagamento do SPVAT deve ser feita diretamente pelos motoristas através da Caixa Econômica Federal, seguindo instruções que serão divulgadas

Retorno do seguro obrigatório causa impasse
Quem não pagar o SPVAT não poderá licenciar o veículo, resultando em multas e pontos na carteira, mesmo com a ausência de fiscalização direta (Foto: Jucimar/MaisGoiás)

A partir de janeiro de 2025, todos os proprietários de veículos automotores deverão pagar o SPVAT, novo seguro obrigatório que substitui o extinto DPVAT. A cobrança deve cobrir despesas médicas que não são cobertas pelo SUS, em caso de acidentes de trânsito. A nova cobrança foi estabelecida após a aprovação de um projeto de lei complementar pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula. Entretanto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se posicionou contra a implementação do novo seguro, anunciando que não incluirá sua cobrança no estado, o que poderá complicar o pagamento para os motoristas.

Os estados tiveram até agosto para firmar parcerias com a Caixa Econômica Federal para incluir o custo do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT) anteriormente Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT)  nas cobranças do IPVA e do licenciamento. Contudo, Goiás não assinou esse convênio, o que significa que a Caixa terá que desenvolver um modelo próprio de arrecadação para o seguro.

A proteção é destinada a cobrir indenizações por morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas decorrentes de acidentes. Os valores das indenizações variam, com a maior chegando a R$ 13,5 mil para famílias de vítimas fatais ou para aqueles que ficaram com invalidez permanente.

Quem não pagar o SPVAT pode ter dificuldades para pagar o licenciamento

Embora o Departamento de Trânsito Estadual de Goiás, (Detran-GO) tenha declarado que não haverá fiscalização ou punição para motoristas que não pagarem o SPVAT, a situação pode ser mais complexa. Aqueles que não regularizarem o pagamento não poderão licenciar seus veículos, resultando em circulação irregular e multas de R$ 293, além da adição de sete pontos na carteira de habilitação.

Ainda, a lei federal que instituiu o SPVAT não pode ser ignorada pelo estado, o que significa que os motoristas ainda precisarão emitir o boleto de pagamento através da Caixa Econômica Federal.

A Procuradoria Geral do Estado reafirmou que Goiás não firmará o convênio e está buscando alternativas para não dificultar a circulação de motoristas que optarem por não pagar o seguro. A Caixa Econômica informou que, nos estados que não firmaram convênios, a emissão do boleto deve ser feita diretamente pelos proprietários de veículos, seguindo as instruções que serão disponibilizadas em breve.