DEMANDA

Goiás enfrenta dificuldade na aquisição de medicamentos para intubação

Secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, diz que hospitais sob gestão estadual ainda não vivenciam problemas com o estoque de oxigênio

Goiás vive dificuldade em adquirir medicamentos para intubação. (Amanda Perobelli/Reuters)

Alta demanda por medicamentos para intubação de pacientes no cenário nacional tem provocado dificuldades para que Goiás adquira insumos para a rede estadual de saúde. A declaração é do Secretário de Estado da Saúde Ismael Alexandrino. Segundo o gestor, muitos pedidos estão sendo entregues de forma incompleta. 

“Começamos a observar que as indústrias não estão conseguindo atender a demanda de medicamentos utilizados para intubação, como por exemplo bloqueadores musculares e sedativos. Recentemente fizemos um pedido de 1.000 ampolas de remédio, mas a empresa só conseguiu entregar 200”, relatou o secretário.

Ismael explicou que para lidar com a situação, a SES-GO tem feito as solicitações dos insumos com antecedência e com mais frequência. “Em algumas situações comprávamos o necessário para cinco, sete dias. Agora já preparamos para adquirir o necessário para 30, 60 dias”.

Alexandrino ainda ressalta que a demanda maior que a oferta é um problema enfrentado também por outros estados. “Temos vários estados sob pressão, infelizmente, é uma situação que não está no nosso controle. A alta procura está fazendo com que as indústrias não consigam atender tudo o que é solicitado”, pontuou. 

Oxigênio no estoque

Em relação ao estoque de cilindros de oxigênio, Ismael informou que hospitais estaduais ainda não enfrentam escassez do produto.

Seis estados vivem situação crítica por falta de oxigênio; Goiás não está na lista. O Ministério da Saúde emitiu um alerta na última terça-feira (23) para os estados que enfrentam a escassez: Rio Grande do Norte, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá e Ceará.

O relato do Ministério diz ainda que estão em estágio de atenção, as seguintes unidades federativas: Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Pedido de empréstimo

O responsável pela Saúde em Goiás, comentou também sobre o pedido de empréstimo de medicamentos feito pelos hospitais particulares. Segundo Ismael, no momento, o Estado não tem condições de ajudar a rede privada. “Trabalhamos para fazer o possível para auxiliar  todos aqueles que precisam neste momento, mas atualmente não há como ceder parte do nosso estoque”, relatou.