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Goiás enfrentará onda de calor e umidade perto dos 10%, diz previsão

Regiões oeste e o sudoeste serão as mais afetadas pelo clima severo

Nesta segunda-feira (19), Goiás enfrentará uma onda de calor que também atingirá os estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conforme prevê o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas da Semad, em boletim divulgado neste domingo (18). A previsão meteorológica indica que, em Goiás, as regiões mais afetadas serão o oeste e o sudoeste. Além da elevação da temperatura, a umidade relativa do ar deve cair drasticamente durante as tardes no estado, podendo chegar a 14%.

Na capital, Goiânia, espera-se predomínio de sol, com a temperatura máxima alcançando 36ºC. A umidade relativa do ar deverá variar entre 14% e 60%.

O alerta meteorológico destaca ainda a necessidade de atenção redobrada devido à combinação de altas temperaturas e baixa umidade, que poderá resultar em condições de tempo seco severo. Segundo André Amorim, gerente do Cimehgo, a população deve se preparar para um período de calor intenso, com o risco de a umidade relativa do ar atingir níveis críticos, próximos a 10%, o que requer cuidados adicionais com a saúde e o bem-estar.

“Em cidades como Aragarças, Aruanã, Barra do Garças, Bandeirantes, São Miguel do Araguaia e Luiz Alves, as temperaturas devem alcançar picos de até 40 graus. Esse calor extremo pode causar desconforto térmico significativo para a população. Por isso, é essencial que as pessoas se mantenham hidratadas e evitem a exposição ao sol, especialmente durante as horas mais quentes da tarde”, destaca André.

Risco de queimadas

Amorim alerta que as unidades de conservação de Goiás ficam mais vulneráveis às queimadas, associadas aos fatores climáticos. “É importante lembrar que, neste período, a maioria dos incêndios é provocada, o que ressalta a necessidade de uma consciência ambiental para evitar a propagação dessas práticas, que são danosas tanto para as cidades quanto para o campo e as unidades de conservação”, diz.

Nesta semana, um incêndio afetou uma área estimada de 411 hectares do Bloco Ipê no Parque Estadual João Leite e no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco. As chamas, que tiveram início na segunda-feira (12), foram controladas na última sexta-feira (16) por brigadistas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) e pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO).

Níveis dos mananciais

Sem previsão de chuvas para esta semana em Goiás, os mananciais continuarão com níveis gradualmente mais baixos. As estações hidrológicas que monitoram o rio Araguaia em Aragarças, Aruanã e Nova Crixás (Bandeirantes) indicam que, embora os níveis dos rios estejam caindo, ainda estão dentro do esperado, exceto em Bandeirantes, onde o rio Araguaia atingiu níveis mínimos históricos. Em Aragarças, o rio Caiapó está prestes a sair da faixa considerada normal, podendo alcançar níveis historicamente baixos.

Em Montes Claros de Goiás, o rio Claro está no limite da normalidade, mas longe dos níveis mínimos já registrados. O rio Paranã, monitorado em Formosa, Flores de Goiás e Nova Roma, está dentro do esperado, exceto em Formosa, onde os níveis já caíram abaixo da mínima histórica. Em Uruana, o rio Uru está próximo ao limite da normalidade, mas já abaixo da média.

No rio Vermelho, na Cidade de Goiás, as cotas estão abaixo da média tanto acima quanto abaixo da cidade. Acima, os níveis estão ligeiramente abaixo do normal; abaixo, ainda dentro da normalidade. No entanto, em Matrinchã, o rio Vermelho está registrando níveis mínimos históricos.

O rio Meia Ponte, monitorado em Goiânia, também mostra queda nos níveis, mas ainda dentro da faixa normal. Já em Valparaíso de Goiás, o rio Saia Velha permanece dentro da normalidade e acima da média.