AVALIADOS EM R$ 3 MILHÕES

Goiás: grupo é preso suspeito de comercializar 1,5 tonelada de agrotóxicos falsificados

Material apreendido com o grupo está avaliado em mais de R$ 3 milhões

Policiais civis e militares prenderam, nesta quinta-feira (18), cinco suspeitos de comercializarem defensivos agrícolas falsificados em Goiás. (Foto: divulgação)

Policiais civis e militares prenderam, nesta quinta-feira (18), cinco suspeitos de comercializarem defensivos agrícolas falsificados em Goiás. Durante a ação, houve apreensão de cerca de 1,5 tonelada de agrotóxicos que têm uso proibido no Brasil. A carga está avaliada em mais de R$ 3 milhões.

Há seis meses, agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) investigavam uma quadrilha que estaria adquirindo, no Mato Grosso do Sul, defensivos agrícolas oriundos do Paraguai.

Trazidos para Goiás, os agrotóxicos, normalmente usados em lavouras de milho e soja, eram colocados em embalagens de marcas famosas e comercializados como se fossem originais. Conforme apontaram as investigações, o grupo criminoso obtinha um lucro de mais de 500% por cada carregamento que trazia para o território goiano.

Com apoio do Ibama, agentes da Decar e militares do Comando de Operações de Divisas (COD), bem como do Comando de Policiamento Especializado (CPE) de Aparecida de Goiânia e Rio Verde, localizaram e prenderam os cinco suspeitos na manhã desta quinta-feira (18).

Além dos defensivos agrícolas, uma camionete modelo VW Amarok, um caminhão e um VW Saveiro, que eram usados no transporte dos ilícitos, também foram apreendidos.

Falsificação traz prejuízo à saúde humana e aos produtores, afirma delegado

De acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros, a falsificação causa prejuízo à saúde humana e aos produtores.

“É difícil até da gente mensurar o tamanho do dano que esses produtos podem causar à saúde humana e também aos produtores rurais, que compram e usam, sem saber, agrotóxicos falsificados”, destacou o titular da Decar.

Os agrotóxicos falsificados apreendidos serão incinerados pelo Ibama.

Os cinco presos foram autuados em flagrante por receptação qualificada, crime ambiental, transporte de produtos não permitidos e associação criminosa. Nomes e idades deles não foram divulgados.