Goiás já registra 885 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave; óbitos por H1N1 sobem para 31
Goiânia, Aparecida, Trindade e Anápolis são os municípios com mais casos da SRAG. Outros 337 casos estão sendo investigados, assim como 12 óbitos
Somente esse ano, 885 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) já foram registrados em Goiás, segundo dados da Secretaria do Estado de Saúde (SES). Desses, 104 óbitos já foram confirmados, sendo 31 deles pelo vírus H1N1, três pelo subtipo H3N2 e um por Influenza B. As demais mortes foram causadas por outros vírus. Doze mortes ainda estão sendo investigadas, junto com outros 337 casos de SRAG.
Apesar dos elevados números, a gerente de vigilância epistemológica da SES, Magna Carvalho, reforça que estamos apenas em alerta de uma epidemia. Conforme aponta, há mais casos de SRAG registrados no ano passado, mas com menos óbitos do que 2016, que foi considerado um ano epidêmico em Goiás. Os municípios com mais casos da síndrome são Goiânia (320), Aparecida de Goiânia (69), Trindade (59) e Anápolis (51).
“No mesmo período de 2016 tivemos 44 óbitos. Em todo ano, tivemos 197 mortes. No momento contamos com mais casos da síndrome, mas que consideramos dentro da média, já que a propagação de vírus da gripe ocorre durante o ano todo e o vírus da influenza é levado em consideração por ser o mais comum”, destaca.
Magda também explica que os números de óbitos são atualizados conforme saem os laudos das investigações das causas das mortes. Segundo a gerente, não necessariamente as mortes são da semana passada. “Alguns laudos demoram cerca de uma semana ou mais para ficarem prontos. De acordo com os que são liberados, o sistema é atualizado”, conta.
Outros vírus
No boletim, a SES aponta que 57 óbitos foram causados por outros tipos de vírus como o metapneumovírus, vírus de sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, entre outros. “Temos uma boa estrutura dentro do Laboratório Central de Goiás (Lacen-GO) onde conseguimos diagnosticar todos os vírus. Temos medicamentos que ajudam amenizar os sintomas, mas, com os cuidados corretos, o próprio organismo consegue combater o vírus”, conta.
Para isso, Magna reforça que todas as pessoas devem se ter atenção redobrada com a higienização das mãos. Ela reforça que também deve se fazer uma boa alimentação, utilizar máscaras, não ficar próximo de pessoas que estão com o vírus, caprichar na hidratação e não compartilhar objetos pessoais. “E sempre que sentir algum desconforto respiratório procurar rapidamente um médico, pois quanto antes ser detectado o vírus, maior é a chance de cura”, ressalta a gerente.
Vacinação
Magna conta que Goiás já recebeu 80% das doses necessárias para imunizar as pessoas que integram os grupos de risco, que somam 1,5 milhões de pessoas. Além disso, 1,085 milhões de pessoas já foram vacinadas, o que corresponde a cerca de 70% da meta. “Já recebemos mais doses que foram repassadas para todo o Estado. Lembramos também que no dia 12 será o dia D de vacinação para todos os grupos e que a vacinação segue até dia 1° de junho”, pontua.