RECONFIGURAÇÃO

Goiás: leitos reservados à Covid devem ter nova destinação até fim de dezembro

"Com o decréscimo do número de casos graves da doença e internações, houve uma paulatina conversão desses leitos para outros fins", diz SES-GO

Leito de UTI em Goiânia (Foto: Secom/Goiânia)

Em entrevista à rádio CBN Goiânia, o superintendente de Atenção integral a saúde em Goiás, Sandro Rodrigues, afirmou que o Estado deve reconfigurar os leitos destinados à Covid-19 até a segunda quinzena de dezembro. De acordo com ele, as alterações não devem implicar na extinção desses leitos.

Segundo Sandro, ainda existirão leitos exclusivos para pacientes com o vírus, mas o Estado vai atuar com UTIs mais gerais. À rádio, ele afirmou, ainda, que o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) e o Hospital de Campanha em Luziânia devem manter salões específicos para pacientes com a Covid, após as reconfigurações.

Em relação a uma possível quarta onda – que atinge países na Europa –, o superintendente afirma que o Estado está de olho em um “radar” global para tomar as decisões. Contudo, ele pontua que, nesta quarta (24), as ocupações de UTIs destinadas ao vírus estão em 24% em Goiás.

“A lógica é que esses leitos sejam reconfigurados para outras necessidades, mas em uma provável quarta onda, eles são redirecionados para a Covid-19, se houver necessidade”, diz ao citar que a chegada dessa nova onda não é certa.

Hospital de Campanha de Goiânia

O Hospital de Campanha de Goiânia é um dos que mudará o atendimento em dezembro. A unidade vai se tornar o Hospital Estadual da Criança, segundo o superintende, acolhendo o público de pediatria do Hospital Materno Infantil – que, por sua vez, deve virar um hospital voltado à saúde da mulher e da gestante.

Pelo interior, ele diz que as reconfigurações também ocorrerão, mas aos poucos. “O hospital de Uruaçu será reconvertido, a partir de segunda-feira, para dar suporte à região Centro-Norte do Estado.”

Secretaria de Saúde de Goiás

O Mais Goiás procurou a secretaria estadual de Saúde para mais detalhes. Segundo a pasta, a gestão estadual abriu oito hospitais de campanha durante a pandemia da Covid-19 e nenhuma unidade estadual foi fechada. Além das oito, houve também investimento para a extensão do quantitativo de leitos por meio de convênios com municípios e hospitais privados e ampliação da rede própria, com foco na regionalização da saúde.

“Com o decréscimo do número de casos graves da doença e internações, houve uma paulatina conversão desses leitos para outros fins. Em julho de 2021, a rede estadual de saúde disponibilizava 720 leitos de enfermaria e 608 leitos de UTI Covid-19, totalizando 1.328 leitos. Atualmente, a rede estadual disponibiliza 716 leitos de UTI e enfermarias para Covid-19 e a taxa de ocupação dessas estruturas é baixa.”

Por fim, a SES-GO informa que a rede estadual também possui um contingente total de 2.928 leitos de enfermarias e UTI e uma parte pode ser eventualmente convertida em leitos Covid-19, caso ocorra uma nova onda.