HOMICÍDIO E TENTATIVA DE HOMICÍDIO

Goiás: mãe e filho suspeitos de matar aluno em frente a escola de Anápolis são indiciados

Os suspeitos estão presos desde o dia do crime, no último dia de fevereiro

A Polícia Civil indiciou Maria Renata, de 43 anos, e Kaio Rodrigues, 20, pelo assassinato de um aluno na porta de uma escola, em Anápolis. Os suspeitos, que são mãe e filho, foram indiciados por homicídio e duas tentativas de homicídio. Eles estão presos desde o dia do crime, no último dia de fevereiro.

O crime ocorreu em frente ao Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza. Segundo a Polícia Civil, alguns alunos teriam discutido no dia anterior por causa de uma partida de jogo online. Os suspeitos do crime são a mãe e o irmão mais velho de um dos adolescentes envolvidos na briga.

Kaio Rodrigue, irmão mais velho de um dos adolescentes, chegou no local acompanhado da mãe para tirar satisfação com os estudantes. Durante o desentendimento, os suspeitos, que estavam com uma faca e um martelo, agrediram três alunos. Um estudante morreu no local e os outros dois foram internados.

Em depoimento, o irmão mais velho disse que foi até o colégio junto com a mãe para tirar satisfação sobre a situação e que agiu para defender a família. “Eles vieram tudo pra cima da minha mãe e do meu irmão. Bateram na minha mãe, bateram no meu irmão, veio para cima de mim e eu puxei a faca. Eu tinha que me defender, defender minha família”.

Indiciamento de mãe e filho suspeitos de matar aluno em frente a escola de Anápolis

Durante as investigações, a Polícia Civil ouviu dezenas de testemunhas e analisou imagens gravadas por pessoas que presenciaram o crime. De acordo com o delegado Wllisses Valentim Maria Renata e Kaio Rodrigues foram indiciados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado, já que utilizaram meios que impossibilitaram a defesa das vítimas.

Além disso, a mulher foi indiciada por corrupção de menores. O filho dela, de 15 anos, que também estava envolvido na briga, foi apreendido e segue em internação. Segundo as apurações, o menor “atuou em conluio com os indiciados”. O inquérito foi encerrado e enviado ao Poder Judiciário na quinta-feira (29).

A defesa dos suspeitos disse que o adolescente envolvido no crime estava sofrendo represália desde novembro. De acordo com o advogado Hernei José Vieira Alves, os investigados não saíram de casa para ferir os demais adolescentes, mas que, “infelizmente a discussão chegou ao ponto que chegou”.