OPERAÇÃO

Goiás: PF mira “coiotes” contra imigração ilegal para os EUA

As investigações apontam que, entre 2018 e 2023, os investigados movimentaram R$ 59.5 milhões com o contrabando de migrantes

Goiás: PF mira "coiotes" contra imigração ilegal para os EUA (Foto: PF - Divulgação)

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (6/6) a Operação Dark Route, com o objetivo de combater e desarticular “coiotes” que promovem imigração ilegal para os Estados Unidos (EUA). De acordo com a corporação o contrabando de migrantes ocorre com a travessia da fronteira daquele país com o México. Mandados foram cumpridos em Goiânia e Anápolis.

Ao todo, os policiais federais cumprem dois mandados judiciais, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás, sendo nove mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, em endereços ligados aos investigados.

Um dos investigados teve o nome incluído na difusão vermelha da Interpol.

Coiotes com atuação em Goiás já levaram 448 brasileiros ilegalmente para os EUA

As investigações apontam que, entre 2018 a 2023, os investigados movimentaram a cifra de mais de R$ 59.5 milhões, decorrente dos pagamentos dos migrantes pela atuação do grupo criminoso.

Segundo a PF, o grupo coordenou o ingresso ilegal em território norte-americano, via fronteira entre o México e os Estados Unidos, de pelo menos 448 brasileiros. Os migrantes foram detidos por autoridades migratórias e deportados.

Além da atuação em Goiás, a organização criminosa contava com membros em outras Unidades da Federação e, inclusive, em território americano, responsáveis por receber aqueles que conseguiam cruzar as fronteiras de forma ilegal.

Imigrantes não conseguiam cruzar a fronteira mesmo pagando

Mesmo com o pagamento dos valores cobrados, muitos desses migrantes não conseguiram cruzar a fronteira do México com os Estados Unidos, sendo detidos e deportados para o Brasil.

Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, lavagem de dinheiro e associação criminosas, cujas penas somadas podem ultrapassar 18 anos de reclusão.