Goiás quer vacinar 340 mil crianças contra a Poliomielite até 30 de outubro
Meta é vacinar 95% do público-alvo. Pais e responsáveis também poderão atualizar a caderneta de vacinação e colocar em dias as vacinas que estão atrasadas
O Governo de Goiás, lançou nesta segunda-feira (5), a Campanha Nacional contra a Poliomielite e Multivacinação. Neste ano, a meta é vacinar 95% do público-alvo, ou seja, 348.274 crianças de até cinco anos contra a Poliomielite em todo o Estado. Campanha vai ocorrer até o próximo dia 30 de outubro e contará também com atualização da caderneta vacinal para adolescentes menores de 15 anos, com a disponibilização gratuita de 18 vacinas.
A gerente de Imunização da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), Clarice Carvalho dos Santos, lembra que as duas campanhas de vacinação vão ocorrer ao mesmo tempo. O objetivo, segundo ela, é prevenir e reduzir o retorno de doenças já erradicadas no país.
Ao todo, serão montados 959 postos fixos de vacinação no Estado, com atendimento das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Assim, pais e responsáveis por crianças de 12 meses a menores de cinco anos poderão procurar os postos de vacinação espalhados pelos municípios goianos para realizar a imunização contra a pólio. O mencionado público e menores de 15 anos também fazer avaliação do cartão vacinal e atualizar vacinas que estão em atraso.
Para as crianças menores de sete anos, serão oferecidas as seguintes vacinas: BCG (tuberculose), pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, haemophilus influenzae tipo B, VIP (poliomielite inativada), VOPb (poliomielite atenuada), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite A; hepatite B, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e varicela.
Para crianças a partir de sete anos e adolescentes com até 15 anos, serão ofertadas: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); dT (difteria e tétano), HPV, meningite ACWY, hepatite B, dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular).
Dia D
No sábado dia 17 de outubro, as campanhas serão reforçadas com o dia de mobilização nacional. “No Dia D, os municípios deixarão os postos de vacinação abertos e os pais e responsáveis que não puderam vacinar os filhos durante a semana poderão imunizar e atualizar a caderneta de vacinação no sábado”, ressaltou Clarice.
Ainda de acordo com a gerente de Imunização, a campanha de multivacinação irá oferecer 18 vacinas contra várias doenças, entre elas o sarampo. Para esta campanha não há meta estipulada, mas a SES-GO espera a adesão da população para melhorar as coberturas vacinais.
“Nos últimos 4 anos houve uma diminuição das coberturas vacinais, o que significa um risco para a população. As pessoas têm a falsa segurança de que as doenças não existem mais, mas é justamente a vacinação a responsável por prevenir e evitar o retorno de doenças já erradicadas”, salientou.
Medidas de segurança
Durante o lançamento das campanhas, a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), Verônica Savatin, afirmou que a população não precisa ter receio em procurar os postos de vacinação por conta da covid-19. Segundo ela, as cidades irão adotar medidas de segurança para evitar a propagação do novo coronavírus.
Ela lembra que o uso de máscara de proteção será obrigatório. Além disso, a recomendação é de higienização constante das mãos, bem como distanciamento mínimo de 1,5 m.
De acordo com Verônica, os municípios também farão a vacinação pelo modelo drive thru e vão montar tendas em pontos estratégicos nas cidades. “Nos outros anos, uma das estratégias era buscar as crianças nas próprias creches para essa vacinação. Isso não será permitido agora, mas as escolas e creches poderão ser utilizadas para o cumprimento do calendário vacinal. Tudo isso para fazer dessa campanha um sucesso”.
Baixa adesão
O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, lembrou que a vacinação em Goiás e em todo o Brasil tem sofrido com a baixa adesão da população. Conforme ele, algumas vacinas estão abaixo da meta, na casa de 75%.
De acordo com o secretário, a situação é compreensível por conta da pandemia do coronavírus. No entanto, ele afirma que é preciso avançar neste aspecto.
“A vacinação talvez seja o maior símbolo da atenção primária, isto é, promoção e prevenção da saúde. Temos doenças que estão desde 1989 estão ausentes no país, como a pólio, por exemplo. Temos um trabalho a ser desenvolvido, mas não conseguimos fazer isso sozinhos. Precisamos do engajamento da população. Que os pais levem as crianças para serem vacinadas”, disse.