Paralimpíadas Rio 2016

Goiás terá 14 atletas nas Paralimpíadas Rio 2016

Goiás terá 14 atletas participando da Paralimpíada Rio 2016, que será realizada de 7 a…

Goiás terá 14 atletas participando da Paralimpíada Rio 2016, que será realizada de 7 a 18 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ). O evento contará com mais de 4,3 mil atletas de 178 países.

Os goianos convocados para integrar a seleção brasileira são: Lorena Spoladore (salto em distância); Ítalo Gomes, Vanilton Filho e Ruiter Silva (natação); Iranildo Espíndola e Thaís Fraga (tênis de mesa); Andrey Muniz, Diogo Rodrigues e Jane Karla (tiro com arco); Adria Jesus, Jani Freitas, Pâmela Pereira e Nurya de Almeida (vôlei sentado); e Dwan Gomes (basquete em cadeira de rodas).

Goiás é destaque na Seleção Brasileira feminina de Vôlei Sentado, com cinco atletas disputando a competição. A funcionária do setor de Protocolo do Detran, Adria de Jesus, de 32 anos, conta que conheceu o esporte adaptado por acaso. “Foi mais uma coincidência. Eu era prestadora de serviço da Saneago e trabalhava pela (Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás) Adfego e um dia, por coincidência, o treinador me viu e convidou para fazer uma experiência e comecei. Eu não sabia nada. Foi uma adaptação, senti muitas dificuldades para aprender a jogar vôlei. Hoje eu me sinto uma vitoriosa pelo desenvolvimento”, orgulha-se. Ela integra a seleção há 9 anos.

Superação

“Um ano depois do acidente, vim morar em Goiânia e conheci o vôlei na Adfego e depois que conheci o Guedes ele me incentivou a apostar no vôlei em 2008″, diz Jani Freitas, de 28 anos. Em 2009, ela foi convocada para a seleção. As duas são titulares.

Nurya de Almeida, de 24 anos, hoje é agente administrativo na Saneago. Ela se acidentou em 2012 no dia da formatura em Educação Física, quando o veículo em que ela estava saiu da pista na rodovia e ela fraturou a coluna. Ao comprar a órtese em uma loja ortopédica de Goiânia para auxiliar na locomoção, Nurya foi estimulada por um vendedor a conhecer o universo do modalidade paradesportiva.

“Eu acho que o esporte é tudo. É a saída para a maioria dos males tanto da mente quanto do corpo. Com o esporte você consegue superar deficiências e medos. Sempre tive o sonho de vestir a camisa do Brasil e ouvir o hino nacional. Vai ser um momento inesquecível pra mim, especialmente por que estou começando agora. Comecei no final de 2013, agora que estou mais firme um pouco. Da equipe de Goiás sou a mais nova”, conta. Atuando na posição de defesa, ela fica na reserva aguardando a oportunidade. Ela já participou de dois campeonatos brasileiros em 2013 e 2014.
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Jani Freitas, Nurya de Almeida e Adria Jesus (esq. para direita) integram a Seleção Brasileira de Vôlei Sentado. (Foto: Divulgação)

Incentivo

As três atletas foram contempladas com a Bolsa Pró-Esporte do governo estadual, concedida por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce). Para Adria, a ajuda de custo é fundamental. “Essa bolsa é de R$750. Ajuda a manter a academia e a suplementação alimentar, por exemplo. Fiquei três anos sem trabalhar, mas neste ano pesou um pouquinho e eu tive que voltar ao mercado de trabalho. Foi até uma surpresa porque participamos de uma reunião com representantes do governo que disseram que atletas de alto rendimento que estiverem treinando para as Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio 2016 vão ter maior incentivo. Eu tenho que dividir o meu tempo entre academia, trabalho e treino porque ainda não dá para me dedicar exclusivamente ao esporte. Infelizmente, hoje o futebol é o mais valorizado e o esporte paralímpico ainda é pouco visado e a gente fica muito feliz de saber que haverá maior incentivo até porque tudo é muito caro”, avalia.