Suspeitos de aplicar ‘golpe do aluguel’ em pelo menos dez pessoas são presos em Aparecida
Anúncios dos imóveis eram feitos pelo Facebook
A Polícia Civil de Goiás prendeu dois homens suspeitos de fraudes relacionadas a aluguel contra, pelo menos, dez vítimas. As prisões ocorrem em Aparecida de Goiânia, nos últimos dias 27 e 30 de setembro.
Segundo a corporação, os agentes cumpriram mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra Túlio Dias Gomes, na segunda-feira (30), no Residencial Santa Luzia. Ele é apontado pelas investigações como um dos principais responsáveis por um esquema de fraude envolvendo falsos anúncios de imóveis nas redes sociais.
Ele, inclusive, abriu 32 contas bancárias em seu nome. Estas eram usadas para movimentar o dinheiro conseguido nos golpes. Túlio já tem passagens por furto, receptação, apropriação indébita e diversos estelionatos.
Já Leonardo Ferreira Santos, cúmplice de Túlio, foi preso em flagrante na sexta-feira (27), no Setor Retiro do Bosque. Conforme a Polícia Civil, ele abriu dez contas bancárias para o esquema em dois meses deste ano. Ele possui passagens por estelionato e apropriação indébita.
Sobre o esquema criminoso, os suspeitos faziam falsos anúncios de imóveis no Marketplace, no Facebook. Eles usavam fotos da internet de locais reais que estavam disponíveis para aluguel. As vítimas, então, acreditavam que negociavam com corretores ou proprietários.
Em determinado momento, os suspeitos pediam um sinal equivalente ao valor de um aluguel para “segurar” o imóvel. Depois disso, eles criavam desculpas para atrasar a entrega das chaves. As negociações ocorriam pelo WhatsApp.
Os investigados também estão envolvidos com outros golpes, segundo a polícia. Entre eles, empréstimos, aumentos de crédito de cartão, negociações de dívidas e fraudes em aplicativos de carona. Nesse último, eles pediam dinheiro para adiantar combustível.
A dupla foi autuada por associação criminosa, falsidade ideológica, falsa identidade e fraude eletrônica. O uso das imagens e qualificação dos suspeitos ocorrem “em razão da possibilidade de se encontrar novas vítimas, principalmente porque diversas das chaves PIX e contas bancárias utilizadas para receber os valores das fraudes estão em nome dos autuados, além do fato de que encontros presenciais com as vítimas chegaram a acontecer, com o uso de falsas identidades pelos fraudadores. O perfil de ‘Roberto Miranda’ no Facebook, utilizado no golpe, também está sendo divulgado”.