'SEXTORSÃO'

Golpistas que extorquiam homens casados se passavam por policiais

Áudios apreendidos durante operação desencadeada pela DEIC provam que quadrilha fazia ameaças com sons de sirene ao fundo.

Quatro homens e duas mulheres foram presos nesta quinta-feira (10), pela Polícia Civil em Goiânia, suspeitos de praticarem extorsão após conseguirem fotos íntimas de homens casados. De acordo com as investigações, após criarem um perfil falso em um site de relacionamento, os criminosos se passavam por uma adolescente, trocavam fotos íntimas, e depois mentiam serem policiais civis e militares para exigir que as vítimas repassassem altas quantias à quadrilha.

A operação que recebeu o nome de “sextorsão” cumpriu mandados de prisão preventiva no Jardim Curitiba, Setor Perim, e Jardim do Cerrado. De acordo com o que apurou a equipe do Grupo Anti Sequestro (GAS), da DEIC, os homens tinham a função de criar os perfis falsos e escolher as vítimas, que eram homens casados, e bem sucedidos, e as mulheres atuavam para dar veracidade à foto colocada na internet, já que muitas vezes enviavam áudios para as vítimas.

Áudios obtidos pela polícia mostram que os criminosos, como forma de amedrontar ainda mais as vítimas, gravavam as conversas ameaçadoras sempre com o som de uma sirene ao fundo. A quadrilha, segundo a polícia, era tão organizada que muitas vezes enviava fotos de mandados de prisão falsos, e cobrava altas quantias para que as vítimas, que teriam recebido fotos íntimas de uma adolescente, não fossem indiciadas.

 

Umas das vítimas já identificadas, segundo o delegado Thiago Martimiano, chefe do GAS, da DEIC, ficou com tanto receio de ser assassinado que fez empréstimos em um banco para repassar o valor exigido pelos criminosos. “Eles davam preferência por vítimas de outros estados porque achavam que assim não seriam localizados, mas todos já estão identificados, seis foram presos e dois estão sendo procurados”, descreveu.

Os oito indiciados responderão por extorsão, e associação criminosa, crimes que, juntos, tem pena máxima de reclusão superior a 10 anos. Nomes, idades e imagens dos seis presos não foram divulgados.

Veja alguns prints e vídeo fornecidos pela polícia: