AO TCE

Goiás foi o terceiro estado que mais investiu no País em 2021, diz balanço

O Governo de Goiás apresentou na manhã desta terça (3), ao presidente do Tribunal de…

O Governo de Goiás apresentou na manhã desta terça (3), ao presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Edson Ferrari, o Balanço Geral do Estado (BGE) de 2021. O resultado orçamentário do exercício foi superavitário em R$ 807,172 milhões. As receitas arrecadadas totalizaram R$ 34,846 bilhões e as despesas empenhadas, R$ 34,039 bilhões. Destas, R$ 29,192 bilhões são de despesas correntes e R$ 4,846 bilhões de despesas de capital.

Os números mostram, ainda, que as receitas correntes do Estado de 2021 totalizaram R$ 34,497 bilhões, um crescimento de 18,02%, em relação ao exercício de 2020. Naquele ano, os valores foram de R$ 29,230 bilhões.

Destaca-se, também, que as Receitas Tributárias (impostos, taxas e contribuições de melhoria), as Transferências Correntes e as Receitas de Contribuições, representaram, respectivamente, 57,55%, 20,76% e 8,24%, do total da arrecadação durante o ano de 2021.

Houve crescimento na arrecadação, especialmente da Receita Tributária, Receita Patrimonial e Receita Industrial em 2021, em comparação ao exercício anterior, de 27,40%, 83,60% e 100%, respectivamente. Esse crescimento evidencia a retomada do mercado em Goiás e os impactos da inflação do período, mesmo ainda sofrendo com os reflexos da pandemia da Covid-19.

As Despesas Correntes Empenhadas, no exercício 2021, totalizaram R$ 29,192 bilhões, evidenciando um aumento de 8,79%, em relação ao exercício de 2020 (26,833 bilhões), dos quais 64,30% são inerentes à Despesa com Pessoal e Encargos Sociais, que tiveram um aumento de 5,30% (ou R$ 944,870 milhões), em relação ao exercício anterior.

Os juros e encargos da dívida tiveram redução de 93,34% (ou R$ 1,009 bilhões), em relação ao exercício anterior, graças aos pagamentos que foram liminarmente suspensos em razão de decisões judiciais.

Investimentos

Em 2021, os investimentos totalizaram R$ 4,55 bilhões e Goiás foi o 3º Estado que mais investiu no Brasil. Foram aplicados 13,49% em Saúde, valor que está acima do limite mínimo constitucional de 12%. O mesmo ocorreu na Educação, que chegou a 28,10% (acima de 25%). Na área social, as ações do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege) triplicaram desde 2018 e atendem a mais de quatro milhões de goianos.

O Ativo total do Estado de Goiás, no exercício de 2021, totalizou R$ 71,926 bilhões. Em relação ao ano anterior, houve redução de 8,89%, no valor do Ativo total. Isso significa uma diminuição de R$ 7,019 bilhões, em relação ao exercício de 2020 (R$ 78,945 bilhões).

Apesar da redução de R$ 7,019 bilhões no Ativo total, em relação ao ano anterior, houve aumento de 106,15% na disponibilidade, saindo de R$ 4,489 bilhões em 2020, para R$ 9,254 bilhões em 2021, permitindo ao Estado a recuperação do seu grau de liquidez, garantindo financeiramente todo o estoque dos seus restos a pagar.

Ressalta-se também que, em 2021, houve acréscimo de R$ 11,328 bilhões no Imobilizado, representando acréscimo de 48,47% nos bens móveis e imóveis do Estado de Goiás, fruto dos trabalhos de reavaliação e inventário realizados no exercício de 2021.