Governo Estadual testa sistema para identificar crianças não vacinadas em 10 cidades goianas
Objetivo é melhorar os índices de vacinação que estão em constante queda no estado
O Governo de Goiás iniciou a testagem de um sistema para identificar crianças não vacinadas em 10 cidades goianas. Com o sistema é possível ter acesso às crianças com atraso vacinal, bem como todos os dados disponíveis para que a busca ativa seja realizada. Objetivo é melhorar os índices de vacinação que estão em constante queda no estado.
Desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Sistema de Busca de Susceptíveis/Não Vacinados tem como foco crianças com maior risco de adquirir doenças preveníveis por vacinas.
Os testes acontecem os municípios de Araçu, Avelinópolis, Brazabrantes, Campestre de Goiás, Caturaí, Damolândia, Itaguari, Jesúpolis, Santa Rosa de Goiás e Taquaral de Goiás. Segundo a pasta, as referidas cidades possuem população inferior a 50 habitantes com até um ano de idade.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, será necessário um esforço conjunto para a retomada das coberturas vacinais em Goiás e em todo o país.
“As vacinas sempre salvaram vidas e precisamos lembrar as pessoas disso. Erradicamos doenças e aumentamos a expectativa de vida da população graças à ciência e às vacinas. Juntos vamos retomar as coberturas com todas as ferramentas que tivermos, como a busca ativa, a van da vacinação, Dia D, os horários alternativos nas salas e o sistema de buscas. Com a parceria dos municípios vamos superar mais esse desafio”, reforça.
Em Goiás, apenas no ano de 2023, mais de 193.683 doses foram aplicadas dentro do Calendário Nacional de Vacinação em crianças de até um ano.
Queda vacinal
Nesta sexta-feira (9), em que é celebrado o Dia Nacional de Imunização, a pasta estadual reforça a importância da vacinação.
Em queda consistente desde 2016 no Brasil, as baixas coberturas vacinais têm preocupado autoridades em saúde em todo mundo. Em 2015, os índices de cobertura vacinal, que chegaram a 97%, caíram a 75% em 2020, segundo dados do Ministério da Saúde. As maiores quedas dizem respeito às vacinas para a BCG (38,8%) e a Hepatite A (32,1%), entre 2015 e 2021.
A gerente de Imunização da SES, Joice Dorneles, reforça a dimensão que a proteção da vacina traz. “As pessoas sempre acreditaram nas vacinas. Apesar da avalanche de informações que circula sem respaldo científico, precisamos lembrar que a vacinação é um ato de amor com o próximo. Você protege a si mesmo e ao seu próximo. Hoje temos doenças que praticamente desapareceram porque essa geração de adultos foi imunizada. Nosso compromisso é com a preservação da vida e da ciência”, disse.