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Governo oferece auxílio aos municípios de Goiás para fechar lixões

Secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis participou de audiência pública na Assembleia Legislativa para debater assunto

Secretária Andréa Vulcanis em audiência pública na Assembleia (Foto: Divulgação)

A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, reforçou, nesta quinta-feira (13/06), durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, a disposição da Semad em ajudar municípios que enfrentam dificuldades técnicas e financeiras para encerrar seus respectivos lixões. “À medida do possível, a Semad fará o que pode para ajudar os prefeitos”, disse.

Vulcanis fez uma apresentação sobre o decreto 10.367/2023, que versa sobre as etapas a serem cumpridas no processo de encerramento dos lixões. “Nosso decreto diz que, se o prefeito obtiver a licença de encerramento e cumprir os requisitos, todas as multas ambientais serão canceladas”, explicou.

Ela apresentou os marcos legais, como funcionam os enquadramentos dos municípios em tipos, além do mapeamento de lixões e aterros em Goiás. “Se não temos os dados, não conseguiremos estruturar políticas públicas”, disse.

O decreto estabelece duas fases no processo de encerramento dos lixões: a de transição e a definitiva. Na etapa de transição, os municípios têm o dever de requerer a licença de encerramento de lixões, seguindo o cronograma: até 31 de março de 2024, para municípios tipo 1 (onde já se realiza a disposição adequada os resíduos sólidos em aterros licenciados, mas que não realizam ações para realibitação da área dos antigos lixões) e tipo 2 (localizados na região metropolitana do entorno do Distrito Federal com população superior a 100 mil no Censo de 2010).

Para os municípios tipo 3 (com população entre 50 mil e 100 mil habitantes no Censo de 2010), o prazo é 30 de junho de 2024. Para municípios tipo 4 (com população inferior a 50 mil habitantes no Censo de 2010), a data-limite é 02 de agosto de 2024.

O último grupo de municípios, do tipo 4 (aqueles até 50 mil habitantes), precisará dar início ao processo de encerramento dos lixões até o dia 2 de agosto deste ano, com o pedido de licenciamento por meio da Semad. Atualmente, há cobrança de taxa para emissão da licença. Durante a audiência, a secretária Andréa Vulcanis sugeriu aos deputados estaduais a elaboração de lei para isenção desta taxa aos municípios.

Ao requerer a licença de encerramento de lixões, o município deverá apresentar: o sistema de coleta seletiva, a documentação que comprove qual aterro sanitário devidamente licenciado recepcionará os resíduos provenientes do município requerente, dados sobre a coleta seletiva municipal (ou iniciativas tomadas para implementá-la dentro do prazo de seis meses).

No primeiro ano de vigência da licença, o município deve recobrir os resíduos dispostos de forma inadequada em áreas não impermeabilizadas, realizar o monitoramento das águas subterrâneas e superficiais e apresentar o cronograma para a reabilitação do lixão.

Fase definitiva
Na fase definitiva, Estado e municípios vão trabalhar juntos para estabelecer uma solução regionalizada para a disposição ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Depois de feitos os estudos e os leilões para contratação de concessionárias que vão operar os aterros regionalizados, o Estado vai encerrar as permissões dadas para os municípios tipo 4 que requererem a disposição de resíduos sólidos em aterros temporários de pequeno porte.

A ideia de criar aterros regionalizados partiu do entendimento de que gerenciar essas infraestruturas exige recursos financeiros e humanos que muitas prefeituras não têm, principalmente as menores. A estratégia estabelecida, então, foi a de reuni-las. A microrregião Oeste tem 88 municípios. A Leste tem 70 e a Centro, 88.

Para conferir a audiência pública completa, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=e4OYdOCIcLQ&ab_channel=TVAssembleiaLegislativa