“Graças a Deus acabou”: sentimento em Cocalzinho com morte de Lázaro é de alívio

Com informações de Paula Coutinho, direto de Girassol

A morte de Lázaro Barbosa em confronto com a polícia nesta segunda (28) gerou alívio para os moradores do povoado de Girassol, Cocalzinho e Águas Lindas, onde se concentraram as buscas pelo suspeito de matar uma família em Ceilândia (DF) em 9 de junho. Uma empresária de Águas Lindas – que só quis se identificar como Luciana – afirmou que não deseja a morte de ninguém, mas agradeceu o desfecho.

“Não podemos desejar a morte de ninguém, mas graças a Deus acabou. Podemos viver em paz”, disse ela. Vale destacar, a captura e morte ocorreram após denúncia de que o criminoso estaria na casa da ex-sogra, em Águas Lindas de Goiás. Todo o efetivo policial, tanto da base quanto dos outros pontos do imenso trecho que envolve Cocalzinho, Edilândia e Girassol, se deslocou para a cidade por volta 1h manhã desta segunda-feira, após notícia de que Lázaro teria sido avistado no Residencial Itamaracá, casa da ex-sogra dele.

O criminoso, no entanto, teria escapado mais uma vez, mas acabou sendo encontrado por policiais da força-tarefa em uma região de mata a poucos quilômetros da residência da ex-sogra. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), o homem descarregou uma pistola contra os policiais. No revide, ele foi atingido com tiros no peito, barriga e cabeça.

A notícia da morte do suspeito foi celebrada por policiais e população. O empresário João Ricardo Lopes, de Cocalzinho de Goiás, afirma que, apesar do suspeito já estar longe, ele poderia voltar. “Agora ficou melhor”, ressaltou.

De Girassol, um homem que se identifica como “Ferreto” também se disse aliviado. “A gente, em Girassol, com a polícia, estava agoniado, imagina quem estava pelas chácaras?”, indaga retoricamente. Ele, contudo, diz que tem ouvido “que gente grande por trás de Lázaro, que ele recebia para amedrontar pessoas, e só aia em loteamento de chácaras”.

Investigações continuam

As investigações continuam. Segundo o secretário de Segurança Pública Rodney Miranda há pessoas a serem investigas e detidas, uma vez que a polícia trabalha com a hipótese de que Lázaro atuava em uma organização criminosa.

O chacareiro Elmi Caetano, suspeito de abrigar e dar comida a Lázaro, foi preso no último dia 24 e segue em prisão preventiva, até este momento. Segundo Rodney, será apurado se ele teria relação com a morte de família, em Ceilândia. A defesa nega todas as acusações.

A força-tarefa buscava Lázaro há 20 dias, com cerco feito em região de Cocalzinho e dos povoados de Edilândia e Girassol.

Linha do tempo

– Quarta-feira (9) – A onda de crimes tem início quando o suspeito invade uma casa em Ceilândia. Lá, ele teria matado o empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestrado a mãe deles, Cleonice Marques, 43.

– Sexta-feira (11) – Polícia Militar do DF inicia buscas pelo suspeito.

– Sábado (12), à tarde – polícia encontra o corpo de Cleonice Marques. Cadáver estava próximo de um córrego na região de Sol Nascente (DF). Mulher estava nua, de bruços e apresentava cortes na região das nádegas.

– Sábado (12), à noite – Três pessoas são baleadas em uma casa na zona rural de Cocalzinho de Goiás. Suspeito teria forçado vítimas a fazer comida para ele enquanto as obrigava a fazer consumo de drogas. No local, Lázaro supostamente rouba duas armas de fogo e munições.

– Domingo (13), à tarde – Chácara é invadida em Cocalzinho de Goiás. Proprietário encontra imóvel revirado e dá falta do carro, um Corsa vermelho.