Grande Goiânia registra nova alta no preço dos combustíveis após meses de recuo

Após meses de recuo no preço dos combustíveis, postos da Grande Goiânia anunciaram nova alta no valor da gasolina e do etanol. Combustíveis, que chegaram a custar R$ 4,49 e R$ 2,89, respectivamente, foram encontrados por R$ 5,27 e R$ 3,67 nesta terça-feira (13). O aumento, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindiposto), não é geral e não tem relação com reajustes da Petrobras. O Procon Goiás realiza fiscalização para apurar possíveis aumentos abusivos.

A equipe de reportagem do Mais Goiás rodou pela Grande Goiânia e encontrou os novos preços aplicados. Em um posto na GO-040, no Setor Garavelo, em Aparecida, a gasolina comum é comercializada a R$ 5,27 e o etanol a R$ 3,67. Os mesmos preços são aplicados em um posto da Av. Antônio Fidelis, no Parque Amazônia, e na Av. Independência, no Jardim Atlântico, em Goiânia.

Em contrapartida, um posto na Av. Fued Sebba, no Jardim Goiás, na capital, tem aplicado os valores antigos, de R$ 4,59 pela gasolina e R$ 2,97 pelo etanol. O mesmo ocorre em um estabelecimento na mesma avenida, com preços de R$ 4,67 e R$ 3,17, respectivamente.

Aumento é uma decisão dos proprietários dos postos de combustíveis

Segundo Márcio Andrade, o aumento não tem relação com reajustes da Petrobras. De acordo com ele, trata-se de uma decisão de cada empresário.

“Nessas reduções que tivemos nos últimos meses, os postos também abriram mão da margem de lucro e agora tentam recuperar isso. Não são todos. São alguns postos, de alguns bairros. É uma decisão de casa empresário. Na venda no atacado não tivemos movimentação para cima”, disse.

Fiscalização do Procon

Após denúncias de consumidores, os fiscais do Procon Goiás percorrem, durante esta terça-feira (13), postos de combustíveis em Goiânia e região Metropolitana para apurar o aumento recente verificado nos preços da gasolina comum e do etanol.

As equipes vão notificar os estabelecimentos para apresentar as notas fiscais de compra e venda desses combustíveis, além das planilhas de custo operacional, referentes aos últimos 60 dias. Os empresários terão prazo de 20 dias para apresentar toda a documentação.

O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio, afirma que o objetivo do trabalho é identificar se o aumento resulta em uma eventual margem de lucro abusiva, o que fere os direitos dos consumidores.

“Se essa margem subir consideravelmente, é considerado aumento abusivo. Neste momento, achamos por bem exigir as planilhas operacionais, exatamente para verificar se a justificativa que está sendo dada pelo Sindiposto, que é a recomposição da margem de lucro, está adequada ou não. Caso não esteja, serão aplicadas as sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor”, destaca.

Caso seja constatado aumento abusivo e injustificado, as empresas serão autuadas e estarão sujeitas a uma multa cujo valor varia de R$ 754 a R$ 11,3 milhões, de acordo com a natureza da infração e faturamento econômico do posto.