Grávida é suspeita de fingir sequestro para fugir com ex-namorado, em Aparecida (GO)
Ela admitiu que inventou a história para ficar com o ex-namorado, que não é aprovado pela família
A Polícia Civil investiga uma jovem suspeita de fingir um sequestro para fugir com o ex-namorado, em Aparecida de Goiânia. O caso aconteceu na última semana. Aos policiais, a mulher contou que está grávida de 9 meses e que havia desaparecido após sacar R$ 19 mil em dinheiro da família. Ela admitiu que inventou a história para ficar com o ex-namorado, que não tinha aprovação da família.
Segundo a delegada Luiza Veneranda, que conduziu as investigações, a família procurou a delegacia em estado de desespero para registrar a denúncia do sumiço da jovem, que tem entre 19 e 20 anos.
Familiares disseram que a garota havia ido ao banco sacar um dinheiro, fruto da venda de um lote da família, mas não voltou pra casa e parou de dar notícias. Três dias depois, ela mandou mensagem dizendo que um motorista de aplicativo com aparentes problemas mentais a havia raptado.
Nas mensagens, a gestante dizia que não estava sendo maltratada, mas que o homem “não a deixava ir embora por querer sua companhia”.
Suspeita de fingir sequestro tinha furos em sua versão
Assim que soube do caso, a Polícia Civil começou a investigá-lo. No entanto, a delegada e os policiais estranharam alguns furos na história da jovem. “Ela parecia dificultar o trabalho da polícia. Mandava fotos desfocadas do local onde estava e dizia que não tinha acesso ao Whatsapp. Mas como ela usava o Facebook?”, questionou a investigadora.
A garota chegou a enviar uma localização que apontava para um local no distrito de Nova Fátima. Agentes civis foram até lá, mas não encontraram nenhum lugar que batia com a descrição que a mulher havia feito. Foi quando receberam outra localização e descobriram que a história do sequestro era, na verdade, inventada.
Os policiais encontraram a garota em Brasília junto com o ex-namorado. Ela admitiu ter mentido sobre o sequestro para ficar com o homem, porque a família não o aprovava. “Esse tipo de atitude prejudica, e muito, o andamento do trabalho investigativo da Polícia Civil e deixa de lado assuntos verdadeiros, reais, crimes sérios, para investigar esse tipo de situação”, enfatizou Luiza Veneranda.
Em razão do ocorrido, a jovem que era vista como vítima, agora será investigada por falsa comunicação de crime. A delegada não confirmou se a investigada ficou com os R$ 19 mil que sacou da venda do lote da família ou o que foi feito do dinheiro.
*A entrevista da delegada foi concedida ao Opopular