Grávida perde bebê e UPA de Mineiros é investigada por omissão de atendimento
Uma grávida perdeu o bebê depois de suposta recusa de atendimento na Unidade de Pronto…
Uma grávida perdeu o bebê depois de suposta recusa de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas de Mineiros. O caso aconteceu na última quarta-feira (22) e está sendo investigado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).
A mulher estava grávida de oito meses e passou mal por volta das 3h da madrugada. Segundo noticiado por um jornal local, ela percebeu que havia um sangramento. O Samu foi chamado para levá-la para a unidade de saúde já em trabalho de parto.
Na UPA ela foi medicada, mas como não há centro cirúrgico na unidade, ela deveria ter sido encaminhada para um outro hospital. Isso só teria acontecido às 8h da manhã, cinco horas depois da entrada na UPA.
No município, uma decisão judicial define que quando não há vaga na rede pública a cidade é obrigatório encaminhar o paciente para um hospital particular. Mas, quando ela chegou nesse hospital, o bebê já estava sem batimentos cardíacos e nasceu sem vida.
MP investiga caso e também sucateamento na Saúde do município
O MP instaurou inquérito civil público para averiguar falha grave na prestação do serviço de saúde pelo município, que teria causado a morte do bebê.
São alvos da investigação a Secretaria de Saúde de Mineiros e a UPA do município. Conforme destaca a 1ª Promotoria de Justiça da comarca, o objetivo também é apurar o sucateamento do sistema de saúde oferecido aos usuários.
Por meio de nota, a Prefeitura de Mineiros disse que tem investido mais de ¼ de toda sua receita em saúde, sendo mais de 27% de todo orçamento municipal só no último ano. Além disso, destaca que também irá abrir uma sindicância, para apurar o caso do atendimento a grávida.
“Para além desta realidade de investimentos, o Município de Mineiros, não pactua com quaisquer irregularidades na prestação de serviços de saúde à população, ao contrário, o que se busca é sua máxima eficiência, de maneira que eventos como os recentemente relatados em alguns meios de comunicação, dando notícia de eventual omissão no atendimento prestado na Unidade de Pronto Atendimento do Município (UPA), o qual teria como resultado a morte de um bebê, serão rigorosamente apurados mediante devido processo legal, por meio de sindicância, cuja instauração já foi determinada”, diz trecho do documento.