Quadrilha goiana presa por crimes virtuais era dividida em núcleos; entenda
Nesta quinta-feira, 19 investigados foram presos e cinco estão sendo procurados
O grupo formado por 24 goianos, que cometeu crimes virtuais em 11 Estados e no Distrito Federal, era dividido por núcleos. A organização da quadrilha, conforme a Polícia Federal, possuía quatro eixos:
- Núcleo de engenharia social;
- Núcleo dos “conteiros”;
- Núcleo de lavagem de capitais;
- Núcleo captador.
Segundo a corporação, o primeiro era responsável pelo contato com as vítimas e aplicação das fraudes. Já o segundo possuía os criminosos que forneciam, mediante aluguel, contas bancárias para recebimento dos valores obtidos de forma fraudulenta.
O de núcleo lavagem de capitais, por sua vez, entregava contas bancárias e executava as transações financeiras. Já o captador era o elo que integrava os demais, sem que eles tivessem contato entre si.
Nesta quinta-feira, 19 investigados foram presos e cinco estão sendo procurados. Todos os 24 suspeitos, segundo a polícia, moram em cidades da região metropolitana de Goiânia, mas um deles se mudou recentemente para Cáceres, no Mato Grosso, onde está sendo procurado.
Os suspeitos, que não tiveram as identidades reveladas, responderão por fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de capitais.
Esquema
Foi através da Internet que o grupo, mostraram as investigações, aplicou diferentes golpes, que deixaram um prejuízo milionário a centenas de pessoas. Conforme o apurado pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), os 24 suspeitos identificados, e que tiveram suas prisões decretadas pela justiça, usavam as redes sociais de diferentes maneiras, para lesar as vítimas.
“Eles aplicavam os golpes do falso boleto, do novo número, do falso intermediário e do falso aluguel. Com a prática constante de diferentes delitos, essa quadrilha se especializou de tal forma que chegaram a criar bonecos virtuais para enganar até mesmo o reconhecimento facial de bancos. Trata-se de um grupo extremamente profissional na criminalidade, mas que agora está completamente desarticulado”, descreveu o delegado Leonardo Pires, do GREF, da Deic.