Grupo goiano é suspeito de aplicar golpes milionários com promessa de fabricar dinheiro
Uma operação coordenada pelos Ministérios Públicos de Goiás (MPGO) e do Distrito Federal nesta quarta-feira…
Uma operação coordenada pelos Ministérios Públicos de Goiás (MPGO) e do Distrito Federal nesta quarta-feira (22) investiga um grupo suspeito de aplicar golpes de até R$ 1,5 milhão por vítima com promessa de fabricar dinheiro. Segundo as autoridades, a organização criminosa é de Goiás e existe desde 2011. Nesse período, fez vítimas nos estados de Rondônia, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Amazonas, Tocantins e Distrito Federal.
Agentes das Polícias Civil e Militar cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão. As cidades alvo da operação são Goiânia, Senador Canedo, Jussara e Brasília (DF). As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Alessandro Pereira Pacheco, que também determinou o bloqueio de bens dos investigados até o valor de R$ 1 milhão, além do sequestro de veículos.
Esquema
Segundo o MP-GO, o grupo criminoso possui um mesmo modo de agir, apesar de sofrer algumas pequenas variações caso a caso. Primeiro, eles se passam por investidores e dizem que têm ligação com servidores da Casa da Moeda, deputados e, até mesmo, agentes internacionais.
Com isso, afirmavam às vítimas serem capazes de fabricar dinheiro em espécie e diziam estar à procura de parceiros de negócios, com o objetivo de converter o dinheiro fabricado em produtos de alto valor agregado, tais como gado, grãos e ouro.
Após escolherem as vítimas, os criminosos diziam que precisavam de dinheiro verdadeiro para servir de molde ou de matriz para a produção das cédulas. Os investigados ainda pediam para as vítimas devolverem de 40% a 60% do suposto dinheiro fabricado em forma de grãos, gado e ouro, dentro do prazo de 1 a 3 anos.
Encenação em locais luxuosos
Com o objetivo de convencer as vítimas a participar do falso esquema de fabricação de dinheiro, os investigados marcavam encontros em locais luxuosos, com a presença de vários membros da organização criminosa, todos de terno e bem vestidos.
De acordo com as investigações, nesses locais, os investigados montavam um falso laboratório improvisado e fingiam produzir o dinheiro falso. Os criminosos chegavam a entregar notas verdadeiras para as vítimas para fingir que se tratava de dinheiro que havia sido produzido por eles.
No intuito passar tranquilidade e demonstrar que o esquema oferecido era seguro, os investigados afirmavam ainda que as vítimas poderiam presenciar a fabricação das notas falsas.