Grupo prevê ações contra o aumento da passagem do transporte coletivo
Movimento Contra Catraca realiza panfletagem amanhã (24) e prevê protestos a partir da semana que vem
Após o reajuste da passagem do transporte coletivo de R$ 3,70 para R$ 4, em reunião entre os integrantes da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), na tarde desta segunda-feira (22), o Movimento Contra Catraca (MCC) prevê ações de protesto contra o aumento. A primeira mobilização do grupo vai ser uma panfletagem no Terminal da Praça da Bíblia, na quarta-feira (24), dia em que o novo valor vai entrar em vigor.
Segundo o estudante Rafael Neves, que integra o MCC, a panfletagem tem o objetivo de conscientizar a população e mobilizar as pessoas para próximas ações realizadas pelo grupo. O membro do movimento explicou que a partir de segunda-feira (29), haverá deliberações acerca dos novos passos a serem tomados e que, possivelmente, a partir desta data novos protestos serão organizados e divulgados.
Rafael explica que membros do MCC estiveram na reunião de ontem e que o grupo acreditava que haveria reajuste. “Pelo modo como as propostas foram apresentadas, nós já sabíamos que haveria um aumento. Contudo, vamos nos organizar e pensar em meios de lutar contra esse reajuste e pressionar o Governo. Nesse primeiro momento, queremos que a passagem volte para R$ 3,70, por isso, é importante manifestar”, argumenta o estudante.
Na última sexta-feira (19), diante dos indicativos de reajuste, o grupo se reuniu e realizou um protesto na Praça da Bíblia, que, segundo o movimento, contou com cerca de 300 pessoas. Na data, estava prevista uma reunião com os onze integrantes da CDTC, para discutir o aumento da passagem para o valor inicialmente previsto para R$ 4,05, pela Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).
A proposta de alterar o reajuste de R$ 4,05 para R$ 4 foi do prefeito Iris Rezende (MDB), que considerou necessário o aumento da passagem. “O poder público errou quando deixou de reajustar durante dois anos, errou quando começou a fazer concessões e não cumprir com as suas promessas junto aos empresários. Então não acho que tem que se discutir essa passagem. Eu não acho que é R$ 4,05, arredonda para R$ 4, vamos ser práticos”, disse na reunião que estabeleceu o novo valor.