Grupo que aplicava golpe ‘bença, tia’ é condenado em Goiânia
A juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa…
A juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Capitais, condenou quatro integrantes de um grupo envolvido em fraudes em contas bancárias e golpes por telefone, em Goiânia. Eles são acusados de ligar para pessoas aleatórias e se passar por parentes que necessitavam de dinheiro – golpe conhecido como “bença, tia”.
Jonas Ferreira da Silva, acusado de liderar o grupo, morreu durante o trâmite processual. Ele também era investigado por tráfico de drogas com parte do grupo acusado por estelionato, mas as acusações foram desmembradas.
De acordo com a Polícia Civil, Jonas Ferreira morreu em decorrência de infecção pulmonar, pneumonia bacteriana e tuberculose no dia 14 de abril de 2019.
A juíza Placidina Pires condenou Ytallo Gustavo Souza de Oliveira, Gustavo de Jesus Amado, Elizandro de Oliveira Silva e Lucas Pires Reis. Dois réus que eram suspeitos de envolvimento com o grupo foram absolvidos.
Conforme a decisão, o papel de Jonas na organização era o de coordenar e orientar os colegas que conversavam diretamente com as vítimas. Havia também uma parte do grupo encarregada de captar laranjas dispostos a emprestar contas bancárias, nas quais seria depositado o dinheiro amealhado com o golpe.
Os acusados também efetuavam compras parceladas de celulares pós-pago em nome de terceiros, para que não precisasse arcar com os valores completos. Depois de pegar os aparelhos, eles os vendiam por preços abaixo do mercado.
A quadrilha também tinha contato com pessoas que trabalham em serviço de proteção ao crédito. Estes infiltrados eram incumbidos de negativar o nome de pessoas do grupo para que pudessem efetuar novas compras com o dinheiro roubado, a prazo. Cada infiltrado recebia 10% do valor da nova compra.
Os quatro integrantes do grupo – Ytallo, Gustavo, Elizandro e Lucas – foram condenados por fraudes em contas bancárias e golpes por telefone. As penas variam entre quatro e três anos de reclusão.
*Com informações do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO)
*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira