SEM PROVAS

Grupo que pedia dinheiro para tratamento médico no exterior é preso com armas em Porangatu

Polícia Militar exigiu apresentação de laudo que comprovasse estado de saúde, mas não foi apresentado. Denúncias apontavam estelionato

Dinheiro seria para arcar com um tratamento no exterior para uma pessoa que usa cadeira de rodas (Foto: Divulgação - PM)

Um grupo que pedia dinheiro para tratamento médico no exterior foi preso com armas em Porangatu. Entre os detidos estão quatro pessoas, uma delas com suposta deficiência. Após denúncias, policiais militares exigiram laudo médico que comprovasse a necessidade de tratamento, mas nada foi apresentado.

Na sequência, grupo foi alvo de revista, oportunidade em que militares encontraram arma de fogo, facão e uma faca com os envolvidos. O caso aconteceu na manhã de domingo (22), no Setor Aeroporto.

Grupo que pedia dinheiro para tratamento médico no exterior usava carro de som

Durante a abordagem, os policiais verificaram que havia um homem que usa cadeira de rodas e mais pessoas usando dois carros de som para pedir doações para um tratamento que ele faria no exterior.

Grupo que pedia dinheiro com carros de som possuíam armas e facas dentro dos veículos. Imagem mostra mesa repleta de notas em papel e moedas, além das facas mencionadas
Grupo que pedia dinheiro para tratamento é preso após não apresentar laudo em Porangatu (Foto: Divulgação – PM)

Grupo foi preso armas em Porangatu

Dentro de um dos veículos, os policiais encontraram um revólver calibre 38, cinco munições intactas, uma faca, um facão e uma quantia de mais de R$ 4 mil em dinheiro. Todos os suspeitos são moradores do estado do Tocantins e foram conduzidas para a Delegacia para as demais providências.

Ao Mais Goiás, o delegado do caso, Luciano Santos da Silva, informou que o grupo não conseguiu prova a necessidade de tratamento. As quatro pessoas pagaram fiança e foram liberadas.

Segundo o delegado, a arma era do homem com deficiência e as facas dos demais. “O cadeirante tem o registo e posse legal de arma de fogo, porém não poderia portá-la. Que tem a posse legal de arma de fogo somente pode tê-la em casa, não pode portá-la na rua”, explicou o investigadir.

O investigador informou ainda que o grupo foi autuado pela posse da arma de fogo e por dirigir sem CNH. “Em relação ao dinheiro não se podia fazer nada, porque não compareceu nenhuma vítima à delegacia para representar”, disse.

*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.