Grupo suspeito de usar perfis para extorquir personalidades exigia até R$ 30 mil
Pelo menos 15 pessoas foram vítimas da quadrilha, que exigia dinheiro para não divulgar informações falsas
A Polícia Civil já identificou 15 vítimas de uma quadrilha que criou vários perfis falsos no Instagram para extorquir pessoas conhecidas, e da alta sociedade, em Goiás. De acordo com as investigações, o grupo criminoso cobrava até R$ 30 mil para não divulgar informações falsas sobre as vítimas em redes sociais.
A primeira denúncia que chegou à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) foi feita há dois meses por uma jovem que tem milhares de seguidores nas redes sociais. Desde então, a polícia apurou que outras pessoas, como empresários, médicos, dentistas, e promotores de eventos também estavam sendo extorquidas pela quadrilha.
“Já identificamos 45 perfis falsos que eram usados somente para dilapidar as imagens das pessoas. Uma vez publicadas as denúncias falsas nas redes sociais, os administradores procuravam as vítimas e exigiam quantias para retirar as postagens ou para não publicar ainda mais conteúdos falsos”, descreveu a delegada Sabrina Lelis, titular da DERCC.
Durante operação realizada nesta sexta-feira (23) na região metropolitana de Goiânia, a polícia cumpriu três mandados de busca e apreendeu computadores, celulares e máquinas de cartões. O material já está sendo analisado.
As investigações apontam que a quadrilha, que é supostamente comandada por uma mulher de 43 anos, e um homem de 30 anos, conta com pelo menos cinco integrantes. Ao final das investigações, eles poderão ser indiciados por extorsão, calúnia, difamação e associação criminosa. A delegada conseguiu, na Justiça, a retirada de todos os perfis falsos do ar e alertou que se os investigados insistirem na prática, irá solicitar a decretação da prisão de todos eles.