Grupo terapêutico promove tratamento para mulheres diagnosticadas com fibromialgia em Goiânia
Reuniões são realizadas no Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS)
Dores intensas em várias partes do corpo que provocam fadiga, distúrbios do sono e episódios depressivos. Esses são alguns dos sintomas narrados por quem é diagnosticado com fibromialgia. A doença, que é silenciosa, não é detectada em exames laboratoriais e, às vezes, não causa nenhuma transformação externa na pessoa.
Pensando no tratamento de pacientes diagnosticadas com a doença, o Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS, unidade da SES-GO, promove, há mais de dois anos, o grupo terapêutico Mulheres de Fibra.
Uma vez na semana, durante uma hora, cerca de 25 mulheres diagnosticadas com fibromialgia se reúnem na Casa Viva para a sessão terapêutica em grupo com a psicóloga Larissa Arantes de Melo. O encontro semanal ajuda pacientes como dona Judit Rosa dos Santos, de 55 anos, a superar a depressão causada pela doença.
“Quando comecei a frequentar o grupo estava totalmente desiludida da vida, querendo morrer, não conseguia achar uma saída para minhas dores e minha tristeza. Hoje, com minhas colegas de grupo, aprendi a lidar com meus problemas e com a doença. Agora, posso dizer que aprendi a viver feliz com minha dor”.
A origem da doença ainda não é totalmente conhecida, mas a psicóloga acredita que o fator emocional tem uma relação intrínseca com a fibromialgia. “Todas as mulheres que participam do grupo têm um perfil psicológico muito parecido. Normalmente, elas enfrentam os mesmos problemas pessoais. Por isso, na terapia em grupo trabalhamos a troca de experiências e o emocional das pacientes, tornando-as empoderadas e fortalecidas emocionalmente”.
Antônia Elizabethe Castro Silva, de 66 anos, frequenta o grupo Mulheres de Fibra desde o início de sua formação. “Quando comecei a frequentar a terapia eu tomava 18 comprimidos por dia, hoje só tomo medicamento para controlar minha pressão. Participo do grupo Mulheres de Fibra, faço educação física e, graças a Deus e aos profissionais do HDS, estou vencendo minha doença. Saber que não estou sozinha no enfrentamento das dores e da doença me ajuda e me fortalece”.