Guarda Civil apreende 159 mil metros de linhas cortantes só neste ano, em Goiânia
O material abrange as chamadas 'linha indiana', 'linha chilena' e as linhas com cerol, que levam um preparo de cola e vidro
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia apreendeu 159 mil metros de linhas cortantes, usadas em pipas, de janeiro deste ano até agora. Segundo a corporação, a apreensão desse tipo de material – grande responsável por acidentes envolvendo ciclistas e motociclistas – fica mais acentuada em junho, julho e agosto, devido à temporada de ventania e férias.
A GCM informou que esses quase 160 mil metros de linhas cortantes abrangem as chamadas ‘linha indiana’, ‘linha chilena’ e as linhas com cerol, que levam um preparo de cola e vidro. Ao todo, foram 78 apreensões ao longo de 2021 até agora, o que contabilizou 309 latas de linhas cortantes e 13 recipientes de preparo de cerol.
Os períodos com o maior número de apreensões foram junho, julho e agosto. Conforme a GCM, o fato é justificado pelo período de maior ventania e férias nesses meses. “Esse ano, mesmo com pandemia, continua com esse foco de delitos”, afirmou a corporação.
Na próxima semana, a GCM lançará a Campanha Pipa sem Cerol, realizada desde 2009, que tem como objetivo combater o uso do cerol em pipas e conscientizar a população.
Linha “fatal”
No último sábado (3), uma motociclista de 24 anos morreu após cair da motocicleta que pilotava na BR-060, em Goiânia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a vítima apresentava um ferimento no pescoço, provavelmente oriundo de linha chilena.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros realizaram o devido atendimento, mas mesmo com todas as tentativas, a jovem não resistiu ao ferimento.
Atualmente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei da deputada federal goiana Flávia Morais (PDT) que altera o Código Penal e estabelece como crime “a posse, o uso, a fabricação, o fornecimento e a comercialização de linhas cortantes.”