CRIME

Guarda Civil é suspeito de participar de homicídios em Goiânia e Goianira

Em um dos crimes, agente teria dado coronhadas em pessoas que tentavam socorrer jovem que foi esfaqueado

Sede do batalhão da Guarda Municipal de Aparecida (Foto: Divulgação)

Um Guarda Civil Municipal de Aparecida de Goiânia que já tinha sido preso no início deste mês acusado de praticar um homicídio em Goianira é suspeito de ter participado de outro assassinato, ocorrido no início deste ano, na Capital. De acordo com as investigações, além de roubar os pertences de um jovem que foi esfaqueado em Goiânia, Waister David e Silva, de 33 anos sacou um revólver, e impediu que populares socorressem a vítima.

O guarda municipal, segundo apuraram agentes da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), estava de folga na noite do último dia dois de janeiro na Avenida Sol Nascente, no Setor Morada do Sol, em Goiânia, e presenciou o momento em que Glyberson Gregory Cândido Vieira, de 28 anos, foi esfaqueado por Higor Júnio Batista de Jesus, de 21 anos.

Testemunhas contaram que enquanto GLyberson agonizava no chão, Waister David se aproximou, colocou o joelho em um dos ferimentos provocados pelas facadas, e roubou dinheiro, porções de drogas, e um boné da vítima.

“As testemunhas contaram ainda que o guarda usou um revólver para impedir e ameaçar quem tentasse socorrer o Glyberson, e chegou a desferir coronhadas em algumas pessoas. A princípio, ele responderá apenas pelo roubo, mas nós já temos indícios que o fato dele impedir o socorro, e espremer com a perna um dos ferimentos, colaborou para a morte da vítima”, destacou a delegada Caroline Paim, titular da DIH.

Assim que recebeu a informação que a justiça havia decretado a prisão do guarda, a titular da DIH descobriu que ele já estava preso desde o início deste mês por suspeita de ter assassinato um jovem no último dia 29 de janeiro em Goianira. Como este caso corre sob sigilo, o nome da vítima não foi divulgado, mas o Mais Goiás descobriu que, em depoimento, Waister David alegou que praticou o crime em Goianira porque o jovem teria tentado lhe roubar dois revólveres. Ele ainda não foi ouvido sobre o caso ocorrido em Goiânia.

Assim como o guarda municipal de Aparecida, Higor Júnio Batista também teve seu mandato de prisão cumprido esta semana pela DIH. Ele, inclusive, escapou por pouco de ser assassinado na noite do último dia 17 em um pit dog no Setor Cândida de Morais, em Goiânia. Registrada por uma testemunha que passava pelo local, a tentativa de homicídio teria sido praticada, segundo relatou o próprio Higor, por parentes do jovem que ele matou a facadas em janeiro no Morada do Sol. O pai de Gylberson, segundo a polícia, é um traficante de drogas bastante conhecido em Goiânia, que atualmente encontra-se preso.

O Mais Goiás não conseguiu contato com os advogados de Waister David, nem de Higor Júnio Batista.

Veja nota da prefeitura de Aparecida:

A Secretaria Municipal de Segurança Pública de Aparecida de Goiânia explica que o GCM Waister David e Silva, agente da Guarda Civil Municipal, que responde por dois processos criminais, encontra-se retido no quartel da da GCM.

A Guarda Civil Municipal de Aparecida reforça o compromisso com a sociedade aparecidense e se coloca à disposição do Poder Judiciário, para auxiliar a elucidação dos fatos, mesmo que o agente tenha supostamente praticado às ações fora do horário de seu exercício funcional.

As providências administrativas da Corregedoria da Guarda Civil também foram instauradas para que se possa promover a adequada apuração de eventual responsabilidade do servidor público. O agente alega que é inocente de todas às imputações existentes em seu desfavor.