Falsificação

Guarda Civil fecha laboratório clandestino de remédio e apreende mais de 15 mil comprimidos

Equipes da Rondas Ostensivas Municipais (Romu) da Guarda Civil Metropolina (GCM) de Goiânia fecharam na…

Equipes da Rondas Ostensivas Municipais (Romu) da Guarda Civil Metropolina (GCM) de Goiânia fecharam na tarde desta terça-feira (1º) um laboratório clandestino de fabricação de remédios clandestinos. Três pessoas foram presas e mais de 15 mil comprimidos e insumos foram apreendidos.

Segundo o comandante Aguimar do Romu, uma equipe fazia o patrulhameto do Parque Cascavel quando se deparou com um homem suspeito em uma motocicleta. Durante a abordagem, os agentes encontraram cinco frascos de medicamentos com Murilo Kaytano Rodrigues dos Santos e ele alegou que apenas fazia a entrega do remédio que seria indicado para emagrecimento.

Ao ser questionado pelos agentes, Murilo acabou revelando que os remédios eram fabricados em uma casa no Setor Jardim Atlântico. No local, as equipes da GCM encontraram Rafaela Pessoa Batista e Murilo Araújo, que alegaram estar comprando os medicamentos. Contudo, o casal entrou em contradição e acabou confessando o crime.

Os suspeitos acabram levando as equipes até um dos quartos da residência, onde funcionava o laboratório. No local haviam insumos, máquinas de encapsulamento, embalagens e toda a estrutura para fabricação do remédio.  Foram apreendidos mais de 15 mil comprimidos prontos,  7 mil cápsulas em fabricação, três quilos de clobenzorex,  2,5 mil comprimidos em frascos, além de diversos rótulos impressos e embalagens.

Uma das substâncias manuzeadas pelo grupo era clobenzorex, que é um estimulante análogo a anfetamina que age como supressora do apetite. A substância foi popular na década de 1970, mas diversos efeitos colaterais descobertos posteriormente motivaram a proibição da substância nos Estados Unidos, Brasil e diversos outros países.

Para ludibriar os clientes e dar mais credibilidade aos produtos, os suspeitos ainda utilizavam ilegalmente o nome do químico Eleomar Mattos Bez, de Santa Catarina, no rótulo. Cada frasco com 60 comprimidos era vendido entre R$ 120 e R$ 170 e o grupo tinha a intenção de faturar R$ 61 mil com o material que foi apreendido pela GCM.

O trio foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil onde foram autuados por falsificação de medicamentos, cuja pena pode variar de 10 a 15 anos de reclusão.