Guarda Civil suspeito de matar jovem em Silvânia é indiciado

A Polícia Civil de Goiás informou, nesta terça-feira (8), que indiciou o guarda civil William Vitor Pinto pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e quatro tentativas de homicídio. William confessou ter matado a tiros o jovem Frediani Claiton Izidio, de apenas 15, no dia 20 de novembro deste ano. Conforme as investigações, William estava bêbado quando o crime aconteceu e, além de não conhecer a vítima, não tinha nenhum motivo para atirar contra o rapaz.

Conforme o delegado responsável pelas investigações, Leonardo Sanches, o inquérito foi finalizado na última quinta-feira (3). William foi indiciado por homicídio duplamente qualificado contra Frediani, por motivo fútil, e por quatro tentativas de homicídio contra os amigos de Frediani, que estavam ao lado do jovem quando o crime ocorreu.

Ainda de acordo com Sanches, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu a denúncia nos mesmos moldes, que já foi aceita pela Comarca de Silvânia. Se condenado, William pode pegar mais de 30 anos de prisão.

William está preso desde o dia 23 de novembro, quando se entregou à polícia. Em entrevista recente ao Mais Goiás, o delegado contou que o guarda “não conhecia [Frediani], não teve briga, não teve troca de sinais, não teve nada. Resumindo: não tinha motivo”.

A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), que respondeu estar impedida de se manifestar enquanto não for notificada da decisão de indiciamento do membro.

Relembre o caso

Frediani foi morto a tiros no dia 20 de novembro, sexta-feira, no bairro Pedrinhas, em Silvânia. O rapaz estava com quatro amigos em uma praça próxima a um bar, quando foi atingido pelos disparos de um dos clientes. O principal suspeito, e agora indiciado, é o guarda municipal William Vitor Pinto, que estava alcoolizado.

Segundo o delegado Leonardo Sanches, William se aproximou dos garotos e disse “eu estou devendo algo pra vocês?”, mas como os meninos não conheciam o guarda, ignoraram. “Ele gritou de novo, mais alto, e os meninos negaram e disseram que não queriam nada. O guarda sacou a pistola dando tiros para cima e em seguida contra os adolescentes”, detalha.

Frediani foi atingido com um tiro no pescoço e outro de raspão no ombro. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O guarda civil se entregou à polícia no dia 23 de novembro. De acordo com o delegado, ele teve que ser transferido no dia seguinte da Unidade Prisional de Silvânia para Goiânia, uma vez que os detentos da unidade estão revoltados poderiam tentar matá-lo.