alvo de operação

Gustavo Gayer mantinha escola de inglês e loja de roupa com recursos da Câmara dos Deputados, diz PF

Loja em Goiânia estava no nome do filho do deputado

A Polícia Federal (PF) apontou que Gustavo Gayer (PL-GO) utilizou recursos da Câmara dos Deputados para manter a atividade de uma escola de inglês chamada Gustavo Gayer Language e de uma loja de venda de roupas que estava no nome do filho dele, em Goiânia. O deputado federal foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (25).

“A autoridade policial também aponta que o espaço locado para o gabinete parlamentar do deputado, supostamente custeado com cota parlamentar, seria utilizado simultaneamente para as operações da escolas de inglês Gustavo Gayer Language Institute e para as atividades da Loja Desfazueli, o que poderia configurar, em tese, o uso inapropriado de recursos púbicos destinados ao funcionamento do gabinete político”, diz a representação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Nas redes sociais, Gayer afirmou ter sido acordado às 6h com a porta de sua casa, em Goiânia, sendo “esmurrada” pelos agentes. Ele, porém, disse não saber o motivo de ter sido alvo da operação e atribuiu a investigação a questões eleitorais.

“(A operação da PF) Numa sexta-feira, a dois dias das eleições, claramente tentando prejudicar meu candidato aqui em Goiânia”, disse.

O parlamentar é alvo de uma operação da PF por liderar um grupo suspeito grupo suspeito de desviar recursos públicos oriundos de cota parlamentar e de falsificar documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O dinheiro, de acordo com as investigações, saiu da cota parlamentar, verba pública da Câmara que cada deputado tem direito para gastos com o exercício do mandato, o que inclui transporte, alimentação, aluguel de escritório político, entre outros. Segundo dados da Câmara, Gustavo Gayer declarou despesas de R$ 326,4 mil desses recursos neste ano.

O relatório da PF aponta que as atividades privadas eram mantidas com R$ 6 mil mensais desde fevereiro de 2023 oriundos cota parlamentar.

“Dessa forma, funcionaria no ambiente a escola de inglês, o gabinete político do deputado e as atividades presenciais da empresa – sendo os dois últimos realizados pela equipe de secretários parlamentares. Os valores mensalmente pagos através de cota parlamentar variam, desde fevereiro de 2023, de R$ 6.000 a R$ 6.500”, diz a PF.

*VIA O GLOBO

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