SEM EMBAIXADOR

Gusttavo Lima diz que não fará mais shows contratados por prefeituras

Cantor cancelou show em festa de Petrolândia, em Pernambuco, ao qual foi contratado com cachê de R$ 1,1 milhão pela prefeitura

(Foto divulgação)

O cantor Gusttavo Lima realizou uma transmissão ao vivo onde anunciou sua decisão de interromper a participação em shows patrocinados por prefeituras, nesta segunda-feira (30). A medida surge após uma série de críticas relacionadas aos altos cachês pagos por administrações públicas para suas apresentações, especialmente na recente contratação do artista pela cidade de Petrolândia, em Pernambuco.

Gusttavo foi contratado para se apresentar na Festa do Padroeiro de Petrolândia, em 23 de setembro, com um cachê de R$ 1,1 milhão. O evento estava programado para o dia 2 de outubro e era destinado a uma cidade com aproximadamente 37 mil habitantes. A contratação foi feita sem concorrência, por meio de inexigibilidade de licitação, e publicada no Diário Oficial dos Municípios do Estado de Pernambuco. No entanto, o show acabou sendo cancelado.

Durante sua live, Gusttavo se mostrou incomodado com as críticas que recebe ao longo dos anos. Ele explicou que oferece “preço especial” para esses shows, com o intuito de facilitar o acesso dos fãs e gerar economia. “De uns dois anos pra cá é toda hora, ‘Gusttavo Lima faz show de prefeitura’. Se a gente fizer 10 shows de prefeitura no ano… E outra coisa: são os shows mais baratos do Gusttavo Lima. A gente já faz em um preço especial para ter acesso aos fãs. Isso gera economia”, afirmou.

O cantor também questionou a razão pela qual ele é frequentemente o alvo das críticas em relação às contratações públicas: “Mas só o Gusttavo Lima que faz show de prefeitura? Nenhum outro artista faz isso, não?”.

Disse também que sua produção vai deixar de aceitar convites para shows em prefeituras: “Se é isso que fica espetando o Gusttavo, então não vai ter mais”, garantiu.

Investigação sobre jogos online

O sertanejo é investigado pela Operação Integration, que apura uma organização suspeita de movimentar R$ 3 bilhões por meio de jogos de azar online e lavagem de dinheiro. A sua prisão foi decretada no mesmo dia da contratação para o show em Petrolândia, mas a decisão foi revogada poucos dias depois.

Na live, o artista afirma ser inocente e diz que é apenas o garoto-propaganda da empresa. “Não sou sócio da Vai de Bet, sou garoto-propaganda, tenho um contrato de prestação de serviço com a Vai de Bet”.