Localizado na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, no Setor Campinas, o Instituto de Educação em Artes Gustav Ritter comemora 30 anos nesta sexta-feira (16). O Instituto foi instalado na antiga Casa dos Padres Redentoristas, adquirida em 1986, pelo Governo do Estado de Goiás e inaugurado dois anos depois. Entretanto, um projeto de lei, aprovado no último dia 9 de maio pela Assembleia Legislativa, cede a área para a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). Com isso, o instituto deve deixar o local assim que uma nova sede seja construída e mobiliada.
De acordo com Edmar Carneiro, diretor do Instituto Gustav Ritter, uma área de 9.806,37 m² já foi doada para a construção da nova sede. A área cedida está localizada na Avenida 24 de Outubro, esquina com a Rua 14, no Setor Aeroviário. “Não há nenhuma previsão para o início das obras, mas estamos com grande expectativa. Esse é o nosso sonho e o nosso presente de 30 anos”, disse.
Edmar explicou que ainda falta a liberação da verba para a construção do prédio. Em documento enviado ao governador em exercício, José Eliton, no mês de maio, foi solicitada a liberação da verba no valor de R$ 15 milhões para viabilizar a construção e mobiliário da nova sede. “Eu pretendo conversar com o governador eleito, Ronaldo Caiado, o mais rápido possível para resolver essa questão. O instituto cresceu muito e o espaço está pequeno para nossos alunos”, afirmou.
A nova área já pertencia ao Governo de Goiás e era conhecida como Associação Desportiva Raimundo Gomes de Oliveira (Asdergo). Atualmente, o espaço, de 20 mil m², é usado pela Associação de Servidores da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Metade do local será doado para o Instituto Gustav Ritter e a outra metade continuará com os associados.
Instituto
O Instituto Gustav Ritter tem hoje 2.270 alunos matriculados nos núcleos de música, dança e teatro. A escola contribui para a democratização da cultura e oferece oportunidades para os alunos, de 5 a 80 anos, desenvolverem habilidades artísticas, envolvendo a comunidade.
De acordo com o diretor da unidade, o Instituto exporta talentos na área de dança, com ex-alunos que hoje atuam no cenário cultural nacional e internacional, em países como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Suíça, França e Mônaco. “Sem contar os vários prêmios que nós recebemos em diferentes modalidades”, disse.
Os alunos pagam uma matrícula a cada semestre, um valor simbólico mas que, segundo Edmar, faz uma grande diferença na administração do Instituto. “É uma verba pequena, R$ 50 por aluno, mas ajuda muito. Com esse capital de giro nós conseguimos resolver pequenos imprevisto, como troca de lâmpadas”, explicou o diretor.
Estrutura
Em sua estrutura física, o Instituto possui 28 salas de aula de música, dança e teatro, além de Biblioteca, Instrumentoteca, e salas administrativas. Entretanto, o prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Goiás, o que impossibilita reformas na estrutura arquitetônica.
“Nós não podemos fazer muitas modificações e o espaço está pequeno para nossas turmas. Uma parte dos alunos de teatro, por exemplo, faz aulas no Centro Cultural Martim Cererê. O que nós queremos é reunir todos os alunos em um mesmo lugar que contenha toda uma estrutura adequada para eles”, concluiu Edmar.
O nome do Instituto é uma homenagem ao professor Henning Gustav Ritter, um dos fundadores da Escola de Belas-Artes, hoje Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG). Renomado escultor, o professor Ritter foi um expoente das artes plásticas que impulsionou o movimento artístico em Goiás.
Comemorações
Em comemoração aos 30 anos de atuação, o Instituto Gustav Ritter preparou uma programação com eventos nas áreas de música, dança e teatro, envolvendo os mais de 2,2 mil alunos da Escola. Até o final do ano serão realizados recitais, concertos da Orquestra e Banda Sinfônica, apresentações teatrais das turmas infantil e adulta e espetáculos de dança. Confira no site.
“Encerraremos o ano com muitas atividades, afinal, são três décadas de muito trabalho e conquistas, em especial nos últimos oito anos em que praticamente dobramos o número de alunos na escola, conquistamos diversos prêmios nacionais e internacionais, enfim, só temos motivos para comemorar e continuar realizando esse trabalho que promove a formação artística e cultural de crianças, jovens e adultos”, enaltece Edmar.
*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo