Saúde

HDT alerta para picadas de animais peçonhentos durante período chuvoso

Ano passado foram feitas 587 notificações de picadas de escorpiões, cobras e aranhas. Já em 2017, até o início de dezembro, foram 595 casos

É durante as temporadas de chuva que se percebe com mais frequência a presença de animais peçonhentos em casas e apartamentos, principalmente em residências próximas a grandes áreas verdes. Em Goiás, a grande incidência desse tipo de agravo pode ser notada no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), referência no atendimento a doenças infectocontagiosas e dermatológicas.

Os acidentes com animais peçonhentos por muito tempo ocupou o segundo lugar entre os atendimentos do hospital, ficando atrás apenas das assistências a pacientes portadores do vírus HIV. Porém, durante alguns períodos dos últimos dois anos, esse tipo de acidente revezou o primeiro lugar com o atendimento a pacientes soropositivos.

Segundo o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HDT, no ano de 2016 foram notificados 587 casos e até o início de dezembro de 2017 foram 595 casos, totalizando 1.182 notificações nos dois anos. Desse total, 477 casos foram por serpente, 354 por escorpião e 212 por aranha. É possível, inclusive, fazer uma relação com o período em que as chuvas são intensas. Em um mês de clima seco, como julho- de 2017, foram registrados 71 casos, já em novembro, foram 92 notificações.

Segundo a infectologista Christiane Kobal,  é preciso informar a população sobre o assunto, pois a grande maioria desconhece os procedimentos de primeiros socorros em casos de acidente com picada de animais peçonhentos. “Muitas vezes as pessoas optam por não fazer nada, por pensarem que não é grave, ou acabam realizando procedimentos caseiros, que resultam em um maior agravamento da situação do acidentado”, conta.

Christiane alerta que é preciso levar a pessoa ferida até o hospital logo após o acidente.“Cabe ao médico avaliar se a picada ou mordida foi realmente por animal peçonhento e verificar se há a necessidade de aplicar soro antiofídico”, explica a infectologista.