Hemocentro tem déficit de 41% no estoque de sangue em Goiás; Veja como doar
Aumento dos casos de Covid-19 e influenza impactou no número de doadores frequentes
A Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo) registrou em janeiro déficit de 41% no estoque de sangue, e o de plaquetas é considerado crítico. Segundo a instituição, nesse mesmo período de 2021 o déficit era de 22%. Além disso, diante do aumento de casos de Covid-19 e influenza, muitos doadores frequentes deixaram de doar no período de férias, enquanto a demanda por sangue aumentou.
“O estoque de sangue permanece com esse déficit de 41% e o estoque de plaquetas é considerado crítico. Esse cenário é pior do que no ano passado. Em 2021 chegamos a uma média de 20 a 22%, e, nesse ano estamos com o cenário bem mais difícil por estar circulando mais doenças nesse período que já é considerado delicado para nós, por ser uma época em que as pessoas estão viajando nas férias escolares”, explicou ao Mais Goiás a diretora-geral da Rede Hemo, Denyse Goulart.
Busca por doadores voluntários
Segundo a diretora-geral, a equipe de captação vem intensificando as ações em busca de doadores voluntários para tentar reverter os baixos níveis de estoque. Além disso, a Rede Hemo mantém parcerias com empresas e instituições para realização de campanhas internas e externas, com apoio da unidade móvel, que realiza ações em toda a região metropolitana de Goiânia.
“Nos preparamos para essa baixa no estoque nas campanhas do mês de dezembro. Mas, esse ano teve um cenário atípico, além da permanência da Covid, veio a dengue e a gripe e isso aumentou o consumo do estoque. Além disso, tivemos uma situação com o período mais chuvoso que o habitual o que gerou uma gravidade dos acidentes e também demandou mais sangue nos hospitais de emergência e urgência”, destacou.
Cenário permanece ruim em meio a Covid
Anteriormente a Covid-19, o índice para o estoque de sangue já era baixo e segundo Denyse Goulart isso vem piorando. “Tivemos algumas ações de isolamento social e diminuiu a circulação de pessoas e a realização de procedimentos eletivos. E hoje temos um cenário de um novo normal, mas ainda de pandemia e com uma cepa de contaminação ainda maior, é um cenário bem crítico para nós”.
“A maioria dos nossos doadores estão doentes e isso impactou bastante. Recomendamos que as pessoas para doar elas estejam em bom estado de saúde, não pode estar com sintoma gripal ou com nenhuma outra infecção”, completou a diretora-geral da Rede Hemo.
Doação agendada: Como funciona?
A Rede Hemo recomenda o agendamento para os doadores por meio do site agenda.hemocentro.org.br ou no telefone 0800 642 0457 para escolher o melhor dia e horário para a coleta de sangue. Os horários de atendimentos são de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, e em Goiânia, também aos sábados, das 8 às 12 horas. Veja critérios:
– Estar em boas condições de saúde;
– Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos, precisam de autorização);
– Pesar no mínimo 50 kg;
– Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
– Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
– Apresentar documento com foto emitido por órgão oficial.
Impedimentos temporários
– Gripe, resfriado e febre: aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas;
– Período gestacional;
– Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
– Amamentação (até 12 meses após o parto);
– Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
– Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
– Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
– Ter estado exposto a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).
– Pessoas que tiveram contato com pacientes infectados ou com suspeita de Covid-19 ficam impedidas de doar impedidas de doar sangue pelo prazo de 14 dias.