Um confesso e outros 3 presos

Homem confessa ter matado PM da Rotam

Em vídeo, Fernando Alves Pimentel disse que cometeu crime a mando de condenados que cumprem pena em Aparecida de Goiânia

Identificado após uma denúncia anônima, um homem de 29 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (6), em Goiânia. Fernando Alves Pimentel, que na criminalidade é mais conhecido como “Nandim, confessou ter matado um soldado da Polícia Militar de Goiás (PM). No apartamento do rapaz foram encontradas armas de fogo e munições de uso restrito. Em depoimento gravado pela PM, Fernando disse que cometeu o crime a mando de condenados que cumprem pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Nandim contou que condenados ordenaram a morte do soldado e do filho dele porque os dois trariam informações de criminosos e repassavam para a polícia. Dennyo Edno Gonçalves dos Santos, que tinha 45 anos, foi executado com tiros de pistola equipada com kit rajada na noite do dia 19 de maio 2018. Ele estava na porta da casa onde morava com a família na Rua 10, no Jardim Riviera, em Goiânia. Quando foi assassinado, Denão, como era mais conhecido pelos colegas, estava lotado no Centro de Apoio Logístico e Tecnológico (CALT). Mas durante muitos anos ele trabalhou no Batalhão de Rotam.

A prisão de Fernando foi feita por militares do 42º Batalhão da PM, que deflagraram uma operação nesta quinta-feira (6) nos Setores Bueno, Jardim Brasil, Jardim Calfórnia, e Bairro Aruanã. Os policiais apreenderam duas pistolas, uma delas de uso restrito. A arma é equipada com um dispositivo chamado Roni, que a transforma em uma submetralhadora.

Na ação também foram presos outros três homens: Dhullivan Lucena dos Santos, de 30 anos; Renato Ribeiro da Silva Filho e Maxuel dos Santos Silva, ambos de 19 anos. Dullivan confessou que guardava as armas para a quadrilha. Foram encontrados, ainda carregadores, um revólver calibre 38, e outro calibre 32, mais de 130 munições, um colete balístico, frascos de lança perfume, comprimidos de ecstasy, uma balança de precisão, e um celular roubado.

Ainda segundo Dhullivan, foi ele quem escondeu e depois colocou fogo no HB-20 usado no assassinato do policial Denão. Nenhuma das armas, porém, segundo confissão do próprio Fernando, teria sido usada na execução do soldado da Rotam.

Também foram presos Dhullivan Lucena dos Santos, de 30 anos; Renato Ribeiro da Silva Filho e Maxuel dos Santos Silva, ambos de 19 anos