Goiânia

Homem diz ser agredido por segurança de supermercado, em Goiânia

A vítima chegou a ser levada para a Central de Flagrantes. A empresa afirma que o cliente agrediu o segurança da loja

Um homem ficou com marcas pelo corpo após ser agredido pelo segurança de um supermercado localizado na Avenida T-63, em Goiânia. O publicitário Gustavo Mendes, de 32 anos, conta que foi ao estabelecimento para comprar o lanche da mãe e da avó, que moram com ele. Dois pães e um bolo custaram R$ 10,14.

“Passei o cartão no débito. Eu vi que saiu uma folha da máquina, mas a mulher que estava no caixa disse que precisava passar de novo porque eles estavam com problema no sistema. Eu olhei no aplicativo do meu celular e vi que tinha sido cobrado. Mostrei para a pessoa que me atendia, mas ela insistiu que eu precisava pagar de novo”, conta Gustavo.

De acordo com o publicitário, o gerente da loja também insistiu que o pagamento fosse feito novamente. “Eu moro ao lado do supermercado e faço compras lá há pelo menos cinco anos. Eu disse que se realmente o banco estornasse o valor, eu voltaria lá e pagaria. Peguei o que era meu e saí”, conta o publicitário.

Segundo Gustavo, quando ele estava chegando no carro, escutou o segurança chamá-lo. “Ele jogou o que estava na minha mão no chão, começou a me bater e me chamar de bandido”. Gustavo conta que algumas pessoas que estavam no lugar e o conheciam tentaram defende-lo. A situação aconteceu no dia 10 de julho, mas o relato de Gustavo foi publicado em redes sociais nesta semana.

Gustavo disse ainda, em entrevista ao Mais Goiás, que uma viatura da Polícia Militar estava próxima ao local e ele tentou pedir ajuda. “Acabei preso por desacato a autoridade e me levaram para a Central de Flagrantes”. De acordo com o delegado Wladimir Freire, que atendeu o caso, as testemunhas disseram que Gustavo agrediu o segurança do supermercado. Ele foi liberado após pagar fiança no valor de um salário mínimo.

Por nota, o supermercado Pão de Açúcar informou que na ocasião, tentou explicar ao cliente que sua primeira compra seria estornada em 72 horas e que, por essa razão, se fazia necessário passar o cartão uma segunda vez. Ainda segundo a empresa, o consumidor se exaltou com o segurança local e as autoridades competentes o encaminharam à delegacia. “A rede continua à disposição do cliente para prestar novamente qualquer esclarecimento sobre o ocorrido”, diz o texto.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprova que Gustavo foi agredido na ocasião. O publicitário informou que vai processar o supermercado.