Homem é condenado a 60 anos por mandar matar ex-esposa grávida em Jataí
Acusado é condenado a mais de 60 anos de prisão pelo feminicídio da ex-companheira grávida
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Marcos Vinicius Rodrigues de Moraes foi condenado a mais de 60 anos de prisão por mandar matar a ex-mulher, Nadia Maely Alves dos Santos, grávida de oito meses. O crime ocorreu em Jataí, em julho de 2023, e, de acordo com a denuncia do Ministério Público do Estado de Goiás, foi planejado por Marcos Vinicius com a ajuda de três adolescentes que já tinham desavenças com a vítima. O julgamento aconteceu na segunda-feira (28).
As investigações sobre o homicídio de Nadia Maely Alves dos Santos apontaram que o crime foi planejado por Marcos Vinicius, com a participação de três adolescentes que já tinham desavenças com a vítima. O réu alegou suspeitar que o filho que Nadia esperava não fosse dele e tinha interesse nos entorpecentes dela. No dia do crime, em julho de 2023, Marcos Vinicius avisou os cúmplices por mensagem sobre a presença da vítima em uma loja de conveniência no Conjunto Estrela Dalva.
Segundo os autos do processo, um dos menores, armado com um revólver, foi até o local e atirou quatro vezes contra Nadia. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que ela foi alvejada. Durante o ataque, outro disparo atingiu Larissa Alves Rodrigues, que ficou ferida. A vítima grávida chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Estadual de Jataí, mas não resistiu. Os médicos realizaram uma cesariana de emergência para tentar salvar o bebê, que também não sobreviveu.
Nadia e Marcos Vinicius viviam juntos e tinham um filho de 1 ano. Após investigações, a Polícia Militar prendeu o menor responsável pelos disparos, que confessou o crime e revelou o envolvimento dos outros participantes.
Marcos Vinicius foi condenado pelo Conselho de Sentença a 60 anos, 10 meses e 20 dias de prisão em regime fechado, além de 666 dias-multa por tráfico de drogas. A maior parte da pena, 45 anos, foi aplicada pelo feminicídio. Ele também foi condenado por aborto provocado por terceiro, lesão corporal contra Larissa, corrupção de menores e tráfico de drogas. A Justiça determinou o cumprimento imediato da pena, sem direito a recorrer em liberdade, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).