Homem teria usado procuração falsa da ex-mulher para vender fazendas em Aurilândia
Um homem de 47 anos foi preso, nesta quarta-feira (30), suspeito de usar procurações falsas para…
Um homem de 47 anos foi preso, nesta quarta-feira (30), suspeito de usar procurações falsas para realizar a venda de duas fazendas. O caso aconteceu em Aurilândia, a 149 km de Goiânia. Uma segunda pessoa, que se apresentou como advogado, chegou a ser detido, mas foi liberado após prestar depoimento.
Segundo o delegado Antônio Machado, o homem esteve no cartório de Aurilândia no último dia 12 de novembro e fez perguntas sobre a confecção da escritura necessária para venda das propriedades, que estão localizadas em São Miguel do Araguaia, a 450 km da cidade. A escrevente listou os documentos necessários para o suspeito trazer no próximo atendimento, mas desconfiou da escolha do cartório, já que esse procedimento se faz no município da propriedade.
O homem retornou ao local no último dia 18 de dezembro para levar os documentos. Disse para escrevente que havia recorrido àquele cartório porque o de São Miguel fica lotado no fim de ano. O suspeito contou que estaria vendendo as fazendas, avaliadas em R$ 10 milhões, em nome da ex-mulher, filha e genro. Ele apresentou uma procuração em nome deles.
O comprador da fazenda, que representa uma empresa, esteve no cartório na última terça-feira (29). Ele a escrevente desconfiaram das assinaturas presentes na procuração, que havia sido supostamente reconhecida em um cartório de Tupaciguara (MG). A escrevente conseguiu o telefone da ex-mulher do suspeito e entrou em contato. Ela respondeu que nunca esteve em Tupaciguara e que as propriedades rurais não estão à venda.
A polícia realizou busca e efetuou a prisão do homem em Firminópolis. O suspeito negou os crimes e alegou que os documentos são verdadeiros. Já o advogado do suspeito disse que estava apenas prestando assistência jurídica e foi liberado após prestar os esclarecimentos.
O suspeito foi detido na cadeia de São Luís dos Montes Belos por uso de documento falso e segue em disposição do Judiciário. Antônio conta que as demais pessoas serão ouvidas para saber a participação do advogado e possíveis outros crimes cometidos pelo suspeito.