Homem é preso por bater em mulher com escapamento de moto, em Hidrolândia
A Polícia Civil prendeu um jovem de 21 anos suspeito de agredir a companheira com…
A Polícia Civil prendeu um jovem de 21 anos suspeito de agredir a companheira com o escapamento de uma moto, em Hidrolândia, na região metropolitana da capital. O crime aconteceu na casa onde o casal vive, no centro da cidade, durante a madrugada de domingo (14). A vítima, de 23 anos, está internada com ferimentos em todo corpo e suspeita de traumatismo craniano.
O delegado do caso, Guilherme Carvalho Rocha, contou ao Mais Goiás que o suspeito está preso e admitiu ter agredido a companheira depois de uma discussão sobre o relacionamento.
De acordo com o próprio suspeito, durante a troca de ofensas ele passou a bater na mulher e, para se defender, ela o mordeu. Irritado, o homem se armou com o escapamento da moto e passou a espancar a companheira até que ela desmaiasse. Segundo a polícia, o homem só não matou a mulher porque uma pessoa ouviu seus pedidos de socorro e ele, assustado, fugiu. Apesar disso, momentos depois o sujeito foi preso.
“O casal tem um filho de 1 ano e 4 meses, mas ele [ o suspeito ] detalhou apenas sobre essa violência em questão, não admitiu já ter feito isso antes. Também não há nenhum registro oficial sobre outros episódios de violência contra a vítima”, explicou o delegado.
A vítima foi encaminhada ao hospital de Hidrolândia para tratar os ferimentos e ainda não prestou depoimento. De acordo com o delegado, o homem deverá passar por audiência de custódia ainda nesta segunda-feira (15). A corporação já informou que vai representar pela prisão preventiva do investigado, a fim de garantir a segurança da mulher.
Agredir companheira não é incomum
Casos como esse não são incomuns em Goiás. O primeiro semestre de 2022 no Estado registrou o maior número de casos de feminicídio dos últimos quatro anos. Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-GO) revelam que, de 2018 para cá, a quantidade de mulheres assassinadas dobrou, de 15 para 30 ocorrências. A primeira metade de 2022 também lidera o número de casos de calúnia, difamação e injúria contra mulheres.
Informações de violência contra a mulher passaram a ser divulgadas em Goiás pela SSP a partir de 2018. Ou seja, três anos depois que a Lei do Feminicídio entrou em vigor no país. Através disso, é possível afirmar que, ano após ano, cada vez mais mulheres têm perdido suas vidas para a violência no Estado.
Para se ter noção, durante todo o ano de 2018, 36 mulheres foram vítimas de feminicídio em Goiás. Neste ano, somentes em seis meses, esse número já é de 30 vítimas.