FEMINICÍDIO

Homem é preso por feminicídio após matar e simular suicídio de companheira, em Cristalina

Suspeito amarrou fios em uma árvore e prendeu ao pescoço da mulher que já estava em óbito

Suspeito é preso após matar e simular suicídio de companheira, em Cristalina (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

Um homem, identificado como M. F. R , está preso suspeito de matar a companheira e tentar fazer parecer que a morte ocorreu por suicídio. Crime aconteceu no último dia 23 de maio, no bairro JK, na cidade de Cristalina. O sujeito foi preso nesta quarta-feira (27), em cumprimento de mandado de prisão temporária.

A polícia informou que o suspeito amarrou fios em uma árvore e prendeu ao pescoço da companheira, logo após matá-la. Ao chegar na cena do crime, a Polícia Técnico-Científica coletou elementos que, posteriomente, puderam comprovar que o crime não se tratava de um suicídio.

O Mais Goiás procurou o delegado do caso, Cassius Zema, a fim de saber qual havia sido, de fato, a real causa da morte da mulher e qual a motivação do feminicídio. Entretanto, o investigador não deu retorno até a publicação desta matéria.

Simulação de suicídio

As investigações ainda estão em andamento e o relatório final será encaminhado ao Judiciário no prazo de 30 dias. Porém, a polícia já representou pela prisão temporária do homem que, após manifestação favorável do Ministério Público, foi decretada pelo Poder Judiciário.

Como o nome completo do suspeito não foi divulgado pela polícia, o portal não localizou a defesa dele para manifestação.

Feminicídio em Goiás

Casos como esse são frequentemente registrados em Goiás. De janeiro à março de 2022, o estado já teve 16 casos de feminicídio, 67 estupros, 3.841 ameaças, além de 2.624 casos de mulheres agredidas e 2.684 que foram caluniadas, difamadas e injuriadas.

Entre 2020 e 2021 casos de feminicídio aumentaram 23% em Goiás. No ano passado, 54 mulheres foram assassinadas; enquanto em 2020 esse número foi de 44 vítimas.

Ajude a denunciar esses crimes. O Ligue 180 escuta e acolhe mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.