Pedofilia

Homem é preso suspeito de estuprar os sobrinhos de 3 e 5 anos e divulgar na internet

Segundo a Polícia Federal, a Interpol da França localizou um fórum na internet em que apareciam duas crianças sendo estupradas por um adulto em São Paulo

Um homem de 40 anos foi preso na manhã desta terça-feira (4) sob a suspeita de estuprar os sobrinhos, de 3 e 5 anos, gravar os abusos e compartilhar as imagens com pedófilos na internet. Os crimes ocorreram no início do ano, na zona leste da capital paulista.

Segundo a Polícia Federal, a Interpol (Polícia Internacional) da França localizou um fórum na internet em que apareciam duas crianças sendo estupradas por um adulto em São Paulo.

A partir da denúncia, agentes federais conseguiram identificar o suspeito, que é casado e não tem filhos.

“Com o aprofundamento das investigações, verificou-se que o abusador se valia da convivência íntima com as crianças para encontrar oportunidades para estuprá-las, filmá-las e divulgar os arquivos em fórum da internet frequentado por pedófilos”, diz trecho de nota da instituição.

A polícia não encontrou indícios da participação de outros parentes das crianças nos crimes. A PF ainda investiga se o material apreendido com o suspeito era comercializado ou trocado por cenas de outras vítimas.

O crime de publicação de imagens de pornografia infantil prevê pena de 3 a 6 anos de prisão. Já o estupro de vulneráveis prevê de 8 a 15 anos de reclusão.

Prisões por pedofilia

Entre o início de 2016 e junho de 2019, 258 pessoas foram presas no estado de São Paulo acusadas de pedofilia pela internet. Os suspeitos mantinham, compartilhavam e produziam pornografia infantil em computadores e mídias como pendrives e CDs. Os dados são da Polícia Civil.

As prisões caíram de 77 para 24 (-68%) entre 2016 e 2017. Subiram de 24 para 97 (304%) entre 2017 e 2018. Já as 73 detenções, feitas no primeiro semestre de 2019, representam 75% de todos os casos do ano anterior.

Dados do Ministério da Saúde mostram que 58.074 crianças foram vítimas de abuso sexual no Brasil entre 2011 e 2017. Deste total, 43.034 (74,2%) eram meninas e 14.996 (25,8%), meninos. Vítimas entre 1 e 5 anos correspondem a 51,2% do total.