Violência

Homem é preso suspeito de matar patrão a pauladas, em Bonópolis

Suspeito alegou que agiu em legítima defesa, mas laudo pericial confronta versão

Um homem foi preso na noite desta sexta-feira (5) suspeito de matar o patrão a pauladas em Bonópolis, a 455 quilômetros de Goiânia. Ele foi detido em Porangatu após fugir em uma moto da fazenda e parar em diversos distritos para ingerir bebidas alcoólicas.

Segundo o delegado André Luis Barbosa, o homem trabalhava no local a cerca de duas semanas. O crime teria acontecido após a vítima discutir com o empregado, que teria passado a noite ingerindo bebida alcoólica e não apareceu para trabalhar na sexta-feira (5). “O patrão, ao ver que o funcionário não estava trabalhando, foi verificar o que tinha acontecido. Testemunhas destacaram que era costume o homem fazer o uso de bebida alcoólica diariamente”, destaca.

Em depoimento, o delegado conta o que o homem disse que agiu em legítima defesa, pois o patrão o teria ameaçado com uma roçadeira no momento da discussão. Porém, laudos periciais não deram consistência ao relato. “O documento apontou que o homem foi atingido com o golpe no momento em que estava sentado. O que confronta o argumento do ataque por parte do fazendeiro”, afirma.

Após o crime, o suspeito fugiu em uma moto da fazenda, parou em alguns povoados para ingerir bebidas alcoólicas e foi detido pela Polícia Militar quando chegou em Porangatu. Segundo o delegado, o homem apresentou uma identificação que não possuía passagens pela polícia, mas não portava nenhum documento comprobatório.

“Muitas pessoas ressaltaram que o homem não era da região e chegou de repente. Ele disse que é natural do Tocantins, mas vamos fazer o confrontamento desses dados com a colheita da biometria para verificar se há veracidade em suas alegações”, explica.

O homem está detido na unidade prisional da cidade e foi autuado por homicídio, mas a tipificação do crime que poder ser alterada para latrocínio. “A investigação continua no intuito de saber se o crime foi cometido somente pela discussão ou pela decorrência da moto”, encerra o delegado.