CRIME

Homem é preso suspeito de pedir e enviar fotos de nudez a crianças em Valparaíso

Homem disse aos investigadores que não sabia que instigar adolescentes e crianças a enviarem fotos nuas era crime

Telemarketing abusivo: Ministério da Justiça cria canal exclusivo de denúncias (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Um homem de 27 anos está preso supeito de trocar mensagens com crianças de 9 e 11 anos de idade para pedir e enviar fotos nuas. O crime acontecia há pelo menos duas semanas na cidade de Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (DF). Já a prisão do suspeito ocorreu na manhã quinta-feira (23). Segundo a Polícia Civil, o sujeito alegou que não sabia que tal prática constituia crime.

De acordo com a corporação, duas famílias diferentes procuraram a delegacia para denunciar o crime. Pela forma como o suspeito age, os policiais acreditaram se tratar do mesmo sujeito. Com isso, iniciaram as buscas e conseguiram prendê-lo.

Na delegacia, o homem disse aos investigadores que não sabia que instigar adolescentes e crianças a enviarem fotos nuas era crime. “Ele faltou que não sabia que constituia crime. Nós também apreendemos o celular dele”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Leonilson Pereira.

O homem deverá responder por aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso, cuja pena varia de um a três anos de prisão, conforme o artigo 241-D, do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Como o suspeito agia para pedir fotos de nudez a crianças em Valparaíso?

Segundo a polícia, o suspeito procurava crianças e descobria o número de telefone que elas usavam em um aplicativo popular de mensagens. A partir disso, conversava com as meninas e elogiava o corpo delas para estabelecer confiança.

Depois disso, o homem tentava marcar encontros com fins sexuais com as crianças. Quando elas rejeitavam a ideia, o suspeito as instigava a enviar fotos de partes do corpo. A Polícia afirma ainda que ele também chegava a mandar foto do órgão sexual para as meninas.

“As crianças ou os pais delas bloqueavam o número do suspeito, mas não adiantava, porque ele falava de outro”, detalha o delegado.

Outras vítimas

O delegado disse ao Mais Goiás que não descarta a possibilidade do suspeito ter feito outras vítimas. “Pela maneira que abordava as vítimas, inclusive utilizando números diferentes, percebe-se que ele provavelmente conversava com várias ao mesmo tempo, mas, até o momento, apenas duas foram identificadas”, afirma o investigador.

A polícia deve continuar com as investigações para tentar encontrar novas vítimas do homem. “Assim que soubemos deslocamos equipes às pressas para juntarem elementos para a prisão. Nosso receio era que ele viesse a concretizar algo mais grave nesses encontros”, acrescentou o delegado.

Alerta para os familiares

Segundo o delegado, o caso serve de alerta para os pais de crianças e adolescente que fazem uso da internet. “Alertamos todos os pais para que sempre fiscalizem e monitorem as atividades dos seus filhos com relação ao uso de aparelhos eletrônicos”, disse o investigador.

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*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.