Homem é visto caído e sangrando em frente a Hospital Municipal de Bela Vista
Testemunhas afirmaram que o homem possui problemas mentais e que a unidade não tomou providências sobre o caso
Moradores do município de Bela Vista de Goiás, na região metropolitana de Goiânia, denunciaram as condições de atendimento do Hospital Municipal Antônio Batista da Silva. Em um vídeo recebido pela reportagem é possível ver um homem sangrando e deitado no chão em frente à unidade.
No vídeo é possível ver a sala de espera lotada, com pessoas em pé. Do lado de fora do hospital, um homem, supostamente com problemas mentais, deitado e com sangue espalhado pelo chão. O homem que grava o vídeo questiona. “Olha o tanto de gente aqui dentro. Quantos médicos tem aqui atendendo? […] Só porque ele tem doença mental ele pode ficar desse jeito aqui?”.
Outro morador, que não quis se identificar, disse ao Mais Goiás que a situação no Hospital está terrível e que atendimentos estão sendo recusados. Ele afirmou também que o homem que estava no chão tinha distúrbios mentais, teve um surto, tirou o soro do braço e que os atendentes não tomaram nenhuma providência.
“Hoje mesmo, um paciente com distúrbio mental, tirou o acesso na hora do surto, e eles não fizeram absolutamente nada. Simplesmente ignoraram o paciente que claramente precisa de ajuda, hospital lotado, o sentinela da covid totalmente despreparado”, disse a testemunha.
Em nota, o Hospital desmentiu a afirmação de que recusa atendimentos e reforçou que, nestas últimas semanas, enfrentou um aumento da demanda por atendimento em 100%. Veja a nota completa abaixo.
“No fato que infelizmente ocorreu nesta segunda-feira (3), o rapaz foi ao hospital sem acompanhante levado pelo Samu. Além disso, não procede que esta unidade de saúde afirmou que o paciente tem transtornos mentais. O paciente já havia sido atendido, arrancou a medicação que estava sendo administrada por via intravenosa ocasionando o sangramento do braço, agindo também de forma agressiva com os profissionais que o atendiam. Ato contínuo a direção do hospital foi informada do fato e no intervalo de um minuto, esta já estava no local onde verificou-se que o paciente já havia evadido da unidade sem aceitar a continuidade do tratamento.
Reforçamos que nenhum paciente é obrigado a receber tratamento que lhe é prescrito e o mesmo tem o direito de deixar a unidade de saúde mesmo sem consentimento de qualquer um dos profissionais.
Se tratando da superlotação da instituição de saúde é preciso salientar que nesse período de recesso e férias há um considerável aumento na procura por atendimento médico para os casos de COVID, influenza, dengue dentre outras patologias que estão sobrecarregando os atendimentos de urgência e emergência, além dos casos ambulatoriais, cenário esse que se encontra em igual situação em todo o Brasil.
Não procede a afirmação que os pacientes são rejeitados, pois todos que comparecem ao hospital são atendidos ou encaminhados para outras unidades de acordo com a necessidade do paciente. O tempo de atendimento é relativo a queixa do paciente e também de demanda do momento. Geralmente a finalização de um atendimento pode acontecer em no máximo uma hora. Em dias de grande fluxo de pacientes pode demorar um pouco mais. Nos últimos 10 dias a demanda de atendimento do hospital cresceu aproximadamente 100%
Ressaltamos que a unidade de saúde está trabalhando com toda sua capacidade com corpo clínico de 8 médicos atendendo 24hs, cerca 300 pacientes por dia, para que todos aqueles que procuram o hospital sejam devidamente atendidos. Destacamos ainda que o hospital é de excelente nível, sendo inaugurado em meio a uma pandemia, dando o seu melhor pelo atendimento para trazer melhorias na qualidade de vida da população.
Agradecemos a oportunidade de esclarecer os fatos e nos colocamos à disposição para mais informações”.