Homem monitorado por tornozeleira participou de golpe em irmão de delegado, diz polícia
Ele e outros sete suspeitos de lesar uma idosa e o irmão de um delegado em abril passado já haviam sido presos durante as investigações
Com a identificação e prisão pela segunda vez só este ano de um condenado que era monitorado por tornozeleira eletrônica, a Polícia Civil acredita ter colocado fim a um grupo que aplicava o chamado “golpe do novo número”. Além dele, outros sete suspeitos de lesar pelo menos duas pessoas já haviam sido presos durante as investigações.
A organização criminosa investigada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (GREF), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) teria enganado, somente em abril, uma idosa, e o irmão de um delegado. As vítimas, que moram em outro estado, transferiram dinheiro depois que os golpistas, através de mensagens de whatsapp, se passaram por parentes delas.
Ainda em abril, os policiais conseguiram identificar e prender duas mulheres que haviam emprestado contas para receber os valores obtidos com o golpe. Em julho, o suspeito que teve a preventiva decretada, e foi localizado nesta semana, já havia sido preso junto com outros três comparsas, também por participação neste delito.
Homem monitorado por tornozeleira dava golpes com auxílio de parceiros
Com informações prestadas pelos seis indiciados, os agentes chegaram aos dois mentores do golpe, que também foram presos em julho passado. Durante a prisão cumprida nesta semana, a polícia encontrou cartões bancários, cadernos de anotações com valores e dados de vítimas, e um aparato feito de papel alumínio usado para tentar inibir o sinal emitido pela tornozeleira eletrônica que o suspeito usava.
Responsável pelas investigações, o delegado Paulo Ludovico comemorou, além da identificação e do indiciamento de todos os suspeitos, o fato da justiça ter decretado a apreensão de um veículo, os bloqueios de contas bancárias, e o sequestro de valores dos investigados, que servirão para ressarcir as vítimas. Os oito investigados, que não tiveram nomes, nem idades revelados, foram indiciados por estelionato, e associação criminosa.