Homem preso por abuso havia oferecido cestas básicas em troca de sexo, diz polícia
Suspeito ainda injetou uma substância que ainda não foi identificada no corpo da vítima ao se passar por médico
Matthews Faria Oliveira, de 30 anos, preso na sexta-feira (5) por se passar por uma conselheira tutelar e por um médico para cometer crimes sexuais questionou a vítima se ela faria sexo em troca de cesta básica ou dinheiro, segundo informações da Polícia Civil. Ele atuava como técnico legislativo na Câmara Municipal de Itumbiara, região sul de Goiás, e segue detido por violação sexual mediante fraude.
“Você teria coragem de transar com outro homem em troca de dinheiro? Em troca de uma casa e cestas básicas?”, pergunta o suspeito para a vítima, que em resposta diz “nunca, não”.
De acordo com a polícia, o celular e computadores do investigado foram apreendidos e seguem em análise. A equipe apura se ele fez outras vítimas.
Câmara de Itumbiara tomará medidas administrativas
A Câmara Municipal de Itumbiara divulgou uma nota de repúdio onde se solidariza com a vítima e afirma que medidas administrativas foram tomadas.
“Embora seja necessário aguardar o curso do devido processo legal para apurar sua culpabilidade, deixamos clara nossa preocupação e reprovação quanto à perversidade dos fatos denunciados às autoridades. As medidas administrativas também serão tomadas, esclarecendo que o servidor já responde processo administrativo disciplinar (PAD) nesta Casa. A Câmara Municipal de Itumbiara manifesta sua solidariedade com a vítima. Desejamos e lutamos para que nenhuma mulher seja submetida à tal violência”, diz a nota.
Identidades falsas
Matthews descobriu que a vítima buscava por serviços sociais e fez um perfil falso onde se passava por uma conselheira tutelar para entrar em contato com a mulher. Após conquistar a confiança dela, ele simulou uma entrevista social e passou a fazer perguntas de cunho sexual.
Depois, Matthews afirmou que precisava fazer uma visita presencial que seria realizada por um conselheiro tutelar chamado Wesley, mas ele mesmo foi até a residência da vítima. Ao perceber que ela estava sozinha em casa e que apresentava problemas de saúde, ele se declarou médico e pediu para examiná-la, foi quando tirou a roupa da vítima e tocou suas partes íntimas.
Segundo a mulher, ele ainda injetou uma substância desconhecida no corpo dela com a promessa de que fazia parte de um tratamento para as dores que sentia. Ela então desconfiou do suspeito e procurou a polícia.
Medicamentos também foram apreendidos.
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