DIREITO CONSTITUCIONAL

Homem que chamou porteira de ‘macaca’ opta por silêncio e não vai à delegacia

Com isso, o inquérito deve ser concluído em breve e enviado ao Poder Judiciário

Vinicius Silva, homem que chamou uma porteira de ‘macaca’ em um prédio no Setor Jardim Goiás, em Goiânia, optou por não comparecer à delegacia e não dar declarações à Polícia Civil. (Foto: Reprodução/Vídeo)

Vinicius Silva, homem que chamou uma porteira de ‘macaca’ em um prédio no Setor Jardim Goiás, em Goiânia, optou por não dar declarações à Polícia Civil sobre o ocorrido. O morador foi intimado a depor na delegacia, mas preferiu não comparecer ao local. As informações são do delegado responsável pelo caso, Gil Fonseca Bathaus, que deve enviar o inquérito ao Judiciário nos próximos dias.

Conforme expõe o investigador, os advogados de defesa de Vinicius foram à delegacia na manhã desta quinta-feira (22), juntaram procuração aos autos e solicitaram que a oitiva do investigado fosse feita por vídeo, tendo em vista a pandemia da Covid-19, bem como por questões de segurança.

Os defensores, porém, adiantaram que o homem permaneceria em silêncio durante o interrogatório. “Diante dessa afirmação, informei que não seria necessário o interrogatório, porque basta juntarem aos autos um documento que informe a decisão do investigado”, afirmou Gil Bathaus.

Ainda de acordo com o delegado, Vinícius seria a última pessoa a ser ouvida. Com isso, o inquérito deve ser concluído em breve e enviado ao Poder Judiciário.

Os xingamentos e ofensas proferidos por Vinicius Silva não teriam sido os primeiros no condomínio. Em 2019, uma ex-síndica do prédio denunciou que foi ameaçada de morte pelo homem. A vítima também narrou ter sido alvo de insultos e xingamentos. À época, o suspeito negou os crimes.

Relembre

O caso ocorreu no último domingo (18), após o morador se recusar a seguir as regras do prédio em que mora. Ele parou em frente a uma das garagens e acionou a buzina diversas vezes para que o portão fosse aberto. A porteira, porém, não atendeu ao pedido, pois as normas do condomínio determinam que, caso o morador esqueça o controle de abertura, é necessário se deslocar até a portaria para fazer a identificação.

Por não abrir o portão, a mulher foi vítima de insultos e injúria racial. Em um vídeo, é possível ver o momento em que o morador chama a porteira de ‘macaca’ e ‘chimpanzé’.