Juri Popular

Homem que deu 11 facadas em ex-companheira será julgado por lesão corporal grave

Anteriormente, Luciano Lourenço era acusado de tentativa de homicídio. Contudo, MP-GO pediu pela desclassificação do crime e agora ele pode responder com serviços prestados à comunidade

Acusado de tentar matar namorada a facadas passa a responder por lesão corporal grave

Luciano Lourenço Soares Rodrigues, de 42 anos, suspeito de tentar matar ex-companheira com 11 facadas, em Goiânia, foi a júri popular nesta terça-feira (3). Ele era acusado de tentativa de homicídio. Contudo, segundo o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu pela desclassificação do crime. Agora, ele passa a ser julgado por lesão corporal de natureza grave e pode responder com serviços prestados à comunidade.

“O júri entendeu pela desclassificação. Desta forma, quando deixa de ser crime doloso contra a vida, o júri perde sua competência e a decisão cabe ao juiz, que pode absolver, pode condenar e entender qual crime é. E eu entendi que realmente caberia a mudança para lesão corporal grave”, conclui o magistrado.

Segundo o juiz, nesse contexto, a pena varia de um a quatro anos de reclusão. E ainda existe a possibilidade de suspensão constitucional do processo e transformação da pena em prestação de serviços à comunidade. Agora, o processo deve retornar ao MP-GO. “E o promotor vai oferecer ou não ao acusado a proposta de prestação de serviços à comunidade. Ou possibilidade de apresentação mensal à justiça por dois anos. E cabe ao acusado aceitar ou não”, acrescenta. Após o envio da proposta do MP, o réu tem um prazo de cinco dias para dar resposta.

Luciano está em liberdade. Conforme consta na denúncia, e já noticiado pelo Mais Goiás, o crime foi cometido no dia 24 de julho de 2016 no Setor São José, na capital. A vítima é Cleusa Gomes, de 45 anos, ex-companheira do acusado.

O homem teria atacado a mulher na porta da casa dela após ter uma resposta negativa da vítima quanto à reconciliação do relacionamento. O término teria sido há cerca de dois meses, à época. Cleusa foi atingida duas vezes no pescoço e nove vezes no tórax. Apesar dos ferimentos, a mulher gritou por socorro, o que fez com o agressor fugisse do local.

Anteriormente, havia constatação no texto do MP de que a intenção de Luciano era matar a mulher. “A repetição de golpes e a sede das lesões indicam claramente a intenção de matar, tendo, inclusive, resultado em perigo de morte”. Ainda de acordo com o órgão, a vítima sofreu diversas agressões físicas e morais durante o relacionamento. O texto afirmava que ela tentou terminar várias vezes, mas que o casal reatava por insistência do homem.