Homem que invadiu linhas telefônicas para dar golpe em goianos é preso em SP

Com a ajuda da Divisão de Crimes Cibernéticos (Deic) de São Paulo, a Polícia Civil de Goiás prendeu um homem de 23 anos suspeito de cometer o “Golpe Sim Swap” contra vítimas goianas. O investigado foi preso nesta quinta-feira (2), na capital paulista. De acordo com a delegada Sabrina Leles, o criminoso praticava o crime porque conseguia acesso ao sistema das operadoras.

“O que mais nos chamou atenção no ‘Golpe Sim Swap’ é fato de que ele não depende do cuidado da vítima para não cair nesse tipo de fraude. Muitas vezes a pessoa demora para perceber que perdeu o domínio da sua linha eletrônica. Como as redefinições de senhas de bancos e aplicativos estão ligadas às mensagens de SMS do número da vítima, isso a deixa muito vulnerável”, disse Sabrina.

Segundo a investigadora, ao menos três operadoras já foram oficiadas pela delegacia de Goiás acerca dos casos. Porém, Sabrina disse que as notificações não alcançaram resultado. “A gente percebe que nenhuma providência foi adotada. Afinal de contas, continuavam chegando vítimas à delegacia”.

Se condenado, o preso responderá pelos crimes de associação criminosa, invasão de sistema informático, estelionato por fraude eletrônica e interrupção de serviço telefônico. Com o investigado, foram apreendidos oito aparelhos celulares, documentos em nome de terceiros e cartões bancários.

Suspeito de aplicar golpes em goianos é preso em São Paulo: Modus-operandi

A Polícia Civil de Goiás revelou que no “Golpe Sim Swap” o criminoso consegue sequestrar a linha telefônica dos usuários (de operadoras de telefonia diversas) e, após acionar tal linha telefônica em outro chip, ele redefine as senhas de acesso ao e-mail e aos demais aplicativos da vítima. A polícia ressalta que, após obter o domínio de tais serviços, os autores causam grande prejuízo às vítimas aplicando outros golpes.

“Após o sequestro do domínio da linha, os criminosos redefiniam as senhas e praticavam furtos de valores em contas bancárias, envios de mensagens por meio do WhatsApp das vítimas e se passavam por elas. Os autores conseguiam convencer amigos e familiares a lhes enviar valores em dinheiro. Além desses golpes, eles, após o domínio do perfil de rede social da vítima, fraudulentamente anunciavam a venda de aparelhos celulares, enganando outras pessoas que acreditavam estar adquirindo tais aparelhos”, informou o polícia.